Pesquisar este blog

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Natureza Morta (Ode ao sorriso que morreu em mim)

Aonde está o sorriso que morreu em mim.Aonde está você, flor de jasmin? Não sou sua memória,nem o consolo de seu corpo e o ouvido.Porém ao menos uma vez mais,onde está o sorriso?Ele se foi, faz um tempo que não passou, percebi pouco por estar tão absorto,em outro sonhos.
Quando vi as imagens todas elas gritando socorro,tentei estender palavras mas nenhuma, alcança se quer de perto, o teu negro ser.É lua nova,esconde a face, não há luar hoje a noite. Eu calo parado, os olhos estáticos:A essa noite,onde está você?
Tenho medo de prisões, tu bem sabes porquê.Me dói imensamente a imagem da grade,ante você.Pois me lembra,as correntes de Fenrir. As correntes que mal prendiam a fera que há em mim. De violência assassina, de dor rasgada, devorador demente.Sufocando as palavras, oprimindo as falas,o sentimento,todo dedicado ao Othelo dever.
Capitu,tu nunca foste de mim.Desdemôna que nunca amou a mim.Por favor não chora,não desce esse punhal rapaz. Esses pêlos que tanto repelem o próximo só querem ao menos, te abraças.Mas tenho presas afiadas, carrancas medonhas, sou o monstro, sou o demônio,a fera do ser. Em mim toda beleza morre,toda fúria transcorre, todo a mágoa é lembrada em um momento talvez.
Que lembranças deixarei a ti, não importa de forma alguma.Já esqueci.Na verdade minto, para não ter que gritar.O vázio que de alguma forma a tua falta me traz. Não ocuparei espaços de outros, os cômodos, os sótãos, e os quartos de hóspedes, que estão reservados a quando esse alguém chegar.Que brilhará como estrelas, ou será como o sol, a dar a luz que você tanto quer recuperar.Sou animal,e uivo,ladro,não tenho luz,só esse cinza e negro opacos,e o olhar despedaçado.Como poderia eu salvar da loucura alguém assim?Como posso eu imaginar que eu poderia algum dia te faz tão feliz?
Já é uma hora da madrugada, a sexta não tardará,e a noite a morrer.Os dias irão passar, e os 24 anos calar,mais uma vez com o peso,dos anos que ainda restarão a viver.Sempre distante,percorro passos meus que nos afastam de ti.Um dia você irá embora e eu...estarei aqui.Mas,para quem, quem irá querer voltar?Não há angra segura aqui,para essa tempestade,esse mar!
A nau muito tempo se foi,mas ainda espero um dia retornar.Tirar esse meu marasmo, o mar de sargaços,e quem sabe até minha alma namorar.Quanta ingenuidade esperar tanto de ti, quando bem eu o sei as dificuldades, abertas e o sangue jorrando em mim.Tanta ferida,tanta dor,tanto sal.A cicatriz fica ali amputada no coração despedaçado,mas teima em me lembrar:
Que um dia amei, que eu de amar, e ainda amo você.Ainda que esqueças,ainda que envelheças,ainda que entregues a outro aquilo que nunca me pertenceu.Ainda que todos os juízes, me julgam com seus anrizes e apontem seus ferozes dedos pra você.Ainda que autoritário sinta cíume de cada fonema não dedicado ao meu Iago desejo. Ainda que eu seja assombrado a vida toda pelos fantasmas hamletianos do meu dinamarquês passado. Ainda que eu despreze o sentimento com o Bentinho mesquinho do viver. Ainda que eu estenda meus braços te sufoco em abraços de garganta, te sufoque e te mate por dentro como Othelo querer.Eu amarei,eu amei,e amo sem mais nem porquê.
Só pela natureza morta, as lembranças de fora, tudo aquilo que me fez pensar em você. Mas,se você quando for partir e emborar,por favor,devolva o que me perteuceu ilusóriamente,a única coisa que sua boca ainda não se recusou a entregar espontaneamente a mim: O seu sorriso.Não precisa do abraçom,da lágrima,do beijo an boca, ou do olhar,do corpo.Não,só peço,imploro,devovla o sorriso, que ainda eu encontrava nas imagens de você.Me devolva loucura e solidão,a imagem espontãnea,do que ainda restou do amor em meu ser.
Me devolva soledade, sentimento de sozinho,o sorriso que em mim, morreu dentro de ti,meu amante passado amigo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário