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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Blow'Up: Depois daquele beijo (part.II)



All the stars may shine bright
All the clouds may be white
But when you smile
Oh how i feel so good

Você gosta de brincar? Pois bem, eu tenho uma imaginação bem fertil, minha criança. A noite é tão longa, temos tempo. Aqui, agora, nesse espaço tão pequeno que...nossos corpos se esbarram gostosamente sem querer.Como eu te quero.Em carne trêmula.Viva.Como num banquete antropofágico.Seus olhos castanhos me desafiam a pensar tantas bobagens.Apenas fique assim, me encarando.Só preciso disso,e nada mais.Tudo será acessório para nós,incluindo nossas roupas, nossa pele, nosso suor.Você não sabe o quanto,e como quero.Todas as estrelas podem brilhar/Todas as nuvens podem ser brancas/Mas quando você sorri/Ah como eu me sinto bem...

That i can hardly wait
To hold you
Enfold you
Never enough

...Tão bem que mal posso esperar. Não espero, pega a faca, o punhal que,há muito tempo uma amiga distante me deu.Ela adora lâminas,e eu adoro mulheres. Manejo a minha com exatidão.Vejo seu medo,o susto quando a enfio.E subo bem devagar...rasgando a camiseta.Você reclama diz que eu sou louco mas, pode falar.No fundo,você gosta,bem ordinariamente, você gosta.Quero que você cavalgue em mim,como se fosse uma amazona sobre minha cintura.Porque é assim que você é,volúvel.Tem que te conquistar cada dia, cada hora, cada centímetro do seu DNA puxado a força pelos cabelos,pra me calar com beijo.Passei suas mãos sobre mim,sobre minha calça, e veja meu coração pulsar de uma forma que faça seu lábio inferior morder de desejo.Me puxa com força, pra abraçar você/apertar você/Nunca o bastante...

Render your heart to me
All mine, you have to be
From that cloud, number nine
Danger starts the sharp incline

O perigo começa a ficar maior. Você quer brincar com fogo, está preparada?Eu posso te queimar, e ninguém consegui até hoje enfrentar meu incêndio.Vou espalhar com meus lábios seu batom vermelho por todo seu rosto como se fosse sangue.Devagar você vai pedir quando eu morder seus lábios pra estar perto.Serei seu brinquedo, me usa com as mãos.Me explore, que enquanto eu te digo como eu sei seu segredo em suas orelha, beijando bem devagar, como se minha lingua acompanhasse sua jugular e...PARA.Olha para mim.Agora.Quero ouvir que me quer, que me deseja.Me diga um não, e eu lhe prendo nessa parede.Me dê um sim, que eu te devorarei.Não tem muito tempo.Entregue seu coração a mim/Todo meu,você tem que ser...

And such sad regrets
Oh as those starry skies
As they swiftly fall
Make no mistake, You shan't escape

Não se engane,você não vai escapar/Amarrado e preso/Não tem como se esconder de mim. Ouça:É o silêncio cantando All Mine, do Portishead. Se derramando, você vai lentamente ocupando esse vácuo de silênci.Gemendo.Baixo.Aumentando uma frequência para que todos escutem.Se segure,ligue o chuveiro.Deixe que os homens no lado de fora fiquem pensando em desejo.Mais forte se agarre.Me prenda com suas pernas em minha cintura, me desequilibre com seu desejo.Me surpreenda.É o melhor que você faz?Não...você me arranha, me rasga, me queima como um cigarro aceso.Não me deixe fugir, não me faça escapar.Tire minha timidez ao te chamar de louca,e me faça acordar para seu jogo. Todo meu,você tem que ser/Então não resista...
Tethered and tied
There's nowhere to hide from me
All mine, you have to be
So don't resist

Não resistirei a você.Me entregue tudo.Sou egoísta,e exijo você toda para mim.Sem concessões. Você não me deixa escolha há não ser...arrrrrrrrrrrrgh!Um corte.Suas unhas me fazem sangrar.Sinto raiva, tenho que eliminar isso te chamando de cachorra, de minha vagabunda,de tudo...porque é nessas horas,que um sentimento mais forte se manifesta, que é mais gostoso sentir prazer.Venha junto comigo,e nós dois ao mesmo tempo terminaremos um suíte para a lua cheia.E deixe os sentimentos jogados no chão do banheiro, junto com as roupas.E que se misturem com a sujeira,para que a água os leve embora pelo ralo,e nos deixe ainda mais nus. 

We shall exist
Until the day
Until the day, i die
All mine
You have to be 

Goze amor.Sinta.Como se fossemos um pecado original.Termine me abraçando,seu olhos tão lânguidos.Cabelos molhados, pele resgada. A música do MP3 se calando.O frio nos aproximando, com beijos que não querem parar.Cansados,estamos.Mas apenas esperando um recomeço.São apenas quatro dias de evento estudantil,e esse é o primeiro dia.O momento é tudo.E somos nada.E nós existiremos aqui,até o momento que os ônibus nos separarem.Sente essa necessidade de tesão tão grande,que queira a volta, que não aguente mais fazer com outros.Só com nós dois.Você sabe, porque você pediu essa música para eu não esquecer.E tenha certeza,foi tão divertido pensar nisso que eu não esquecerei. E lembre-se que...

Nós existiremos
Até o dia
Até o dia que eu morrer
Todo meu
Você tem que ser 

 

Entreatos

quarta-feira, 29 de junho de 2011

IMPERATRIZ BLUES (Part.I)


We suffer everyday
What is it for
These crimes of illusion
Are fooling us all

Por que essa cidade é tão quente, e nós somos tão frio? Já cansei de imaginar o sexo que você já teve com todos os seus maridos de fim de semana.E eu tão distante, a lua lá fora.Não aparece.Hoje é noite de chuva.
E tudo fica tão claro enquanto escrevo em algum lugar.É tão lindo a sluzes refletidas sobre o asfalto negro,e esses postes de luzes amarelos me lembram.Eu não beijei você.Mas te desejo.Como a chuva deseja o asfalto, as lâmpadas com sua luz amarela a opacidade da noite.E o conhaque meu sexo oral.

And now i am weary
And i feel like i do
Its only you
Who can tear me apart
And its only you
Who can turn my wooden heart
The size of our fight
It's just a dream

Aonde foi,que deixamos.Nossa fé. Não sei,nunca acreditei no gênero humano.Ali,seus cabelos negros parecem o asdalto,e esse vestido,que você não teima emk arrancar na pele,sua cidade.Imperatriz.É um blues de mau-gosto feito por algum pobre diabo que se apaixonou por uma mulher do Norte que o abandonou.Isso não combina nada.Esse seu jeito de me olhar.Isso não combina nada.Com seu jeito de me beijar.Isso não combina nada.A forma como você me faz esquecer.De que,não lembro.Não importa.Deixei no hotel as chaves, não vou voltar pra casa hoje de noite.Minha casa é seu quarto,e meu cemitério seu corpo.Descanse em paz.
We've crushed everything
I can see, in this morning selfishly
How we've failed and i feel like i do
Its only you
Who can tear me apart
And its only you

Mais uma vez você foi embora.Não deixou nada para trás.Só eu mesmo.Já me acostumei com isso,acendo um cigarro qualquer,e vejo o sol apino.É meio dia peregrino,e sua barraca azul com amarelo suou a noite toda. Todas as mulheres que você desejou até os 20 anos lhe roubaram a carteira.Sobrou alguns trocados,dá para um vinho barato.E depois disso,algumas meninas que já foram tementes a Deus.E que você fez o favor de levar pro Inferno.Não ouvirei Renato Russo hoje.Talvez Johnny Cash,vai depender de meu humor,dessa ressaca,desse desejo. E dos 99 anos de pena que passarei em Folsom Prisom.
Who can turn my wooden heart
Now that we've chosen to take all we can
This shade of autumn a stale bitter end
Years of frustration lay down side by side
And it's only you

Essa cidade respira.Deus, e como respira!Seu movimento minha pequena é tão gostoso,como se já fosse ensaiado.Arfante, ardente.Sua cabeleireira morena gira,enquanto a puxo para mim.E mordo suas coxas,na parte interna.Está surpresa?Não esperava por isso?Olhe para baixo agora,e veja como meu idioma deve ser usado.As mãos vão subindo até alcançarem seu peito,e te apertarem.Como se fosse feito para isso,todo o meu tato de homem. Todo o tempo,você implorando em segredo.Para que meus lábios subissem,lentamente por sua pele pequena,morena.É tão fácil descobrir.É só você que consegue me rasgar. E fingimos durante tanto tempo não saber o que se trata até minha boca te encontrar.E você se surpreender em algum lugar do seu quarto,imaginando,suas mãos passando atrás da nuca,enquanto a luz desligada do seu quarto,te toca ali bem timidamente,em seu recanto mais humidamente feminino.E em sua casa,todos estão durmindo.

Who can tear me apart
It's only you
Who can turn my wooden heart

O corpo foi achado há algumas horas atrás.O vestido ainda era da festa anterior.Ela dorme semi acordada.Se aconchega em meu peito.E depois irá embora.Ela morreu ontem,a menina.Agora só ficou uma mulher que não sei se estará aqui.Ela se virá,e eu a fito...então ela diz...

...é só você
Que consegue transformar meu coração estúpido

E assim,Imperatriz dorme,depois do sexo que nós fizemos.



Machine Gun - Portishead




I saw a saviour, a saviour come my way
I thought I'd see it in the cold light of day
But now I realize that I'm only for me

If only I could see you return myself to me
And recognize the poison in my heart
There is no other place, no one else I face
The remedy will agree with how I feel

Here are my front teeth, what more can I say?
For I am guilty for the voice that I obey
Too scared to sacrifice the choice chosen for me

If only I could see you return myself to me
And recognize the poison in my heart
There is no other place, no one else I face
The remedy to agree with how I feel

segunda-feira, 27 de junho de 2011

CIVIL WAR -GUN´S N´ROSES

ACES OF SPADES -MOTORHEAD

"NASCIDO PARA PERDER, VIVENDO PARA GANHAR"
frase tatuada no braço direito de Lemmy Kilmister,vocalista do Motorhead.




Motörhead
If you like to gamble, I tell you I'm your man
You win some, lose some, it's all the same to me
The pleasure is to play, makes no difference what you say
I don't share your greed, the only card I need is
The Ace Of Spades
The Ace Of Spades

Playing for the high one, dancing with the devil,
Going with the flow, it's all a game to me,
Seven or Eleven, snake eyes watching you,
Double up or quit, double stake or split,
The Ace Of Spades
The Ace Of Spades

You know I'm born to lose, and gambling's for fools,
But that's the way I like it baby,
I don't wanna live forever,
And don't forget the joker!

Pushing up the ante, I know you've got to see me,
Read 'em and weep, the dead man hangs again,
I see it in your eyes, take one look and die,
The only thing you see, you know it's gonna be,
The Ace Of Spades
The Ace Of Spades

Keep Walking

domingo, 26 de junho de 2011

Here By Me - 3 Doors Down

Uma linda canção que eu acabei de encontrar...

Para daqui há dez anos...


Oi,sou eu, novamente, em frente a você, na sua porta ou em alguma estante, de cara limpa ou barba cerrada,mãos molhadas de distonia, fala embargada de emoção, frio na barriga, tristeza ou brilho no olhar, as malas jogadas no chão,molhado de suor ou dessa chuva que não quer parar, cansado em busca de repouso, dez anos depois que você me esqueceu. Te escrevo no presente, com os olhos voltados a um passado que não pode ser salvo por mais dolorosamente saudoso que seja, e cujos ventos do paraíso me impulsionam a seguir em frente ao baterem sobre minhas asas. Não espero que me entenda, talvez, hoje, você considere tudo como algo de gosto duvidoso e me julgue afinal. Como algo ridículo, desnecessário, ferido.Não espero nada diferente disso,para ser sincero, ainda assim, eu te escrevo para dizer que, depois de tanto tempo, meu sentimento não mudou e não consigo te esquecer, mesmo que você já tenha me esquecido. Dez anos depois...
Não sei se você irá me convidar para entrar.É constrangedor eu sei: Fizemos cada um o que bem entendemos de nossas opções.Escolhemos certo dessa vez?Alcançamos nossos objetivos?Chegamos lá?E lá continua lá?Nos refazemos de nossos escombros? Amamos de novo? A mesma pessoa ou uma nova idéia?Aonde é os nossos lares agora?
Eu comecei errado então,eu pergunto:Como vai você? Sua família? Seu trabalho?A verdade é que faz muito tempo que sinto sua falta e que não nos falamos de verdade. Ali, nas redes sociais, na nuvem da web, você está sempre presente ou não em horários tão diferentes, mas, há uma distância entre nós que não dura mais do que 15 minutos de dialógo.É constrangedor ficar sem assunto, e me envergonho porque,sabe...eu gostaria muito de ter novidades para você,mas, ainda não tenho.Nada mudou,e se mudou, foi pouco.Você deve está muito ocupada, é o que sempre penso, e me sinto tão infantil e sem assunto quando chego perto de você, pois imagino o mundo imenso de coisas que você tem passado.. E você vêm até mim apenas quando é um favor. Faz tempo,que não leio um oi descompromissado, na minha tela fria. Talvez, um apelido carinhosos, invés da formalidade de meu nome...
É Que talvez os nossos laços tenham sido separados demais.Me pergunto se tivemos isso,porém mesmo com a distância e a dúvida, eu choro pensando que sim,pois é nisso que preciso acreditar.A amizade, o amor, o que quer seja, tenha acabado ou mudado, mas que um dia você vai voltar.Eu preciso acreditar.Sei que esse foi tempo necessário para você, que precisaste para continuar. Mas, que falta me faz você, o seu carinho, o abraço sincero de quem de repente não me cobrava nada de mim. Não falo nem do beijo,porque,por mais que sinta isso, não quero ouvir não´s,e em respeito me contenho.Foi culpa desse desejo que nos afastamos...Porém,precisava levar embora o sorriso?
Os lugares que eu visito não são os mesmos sem você. Nunca diria isso:Mas sinto falta da música e da poesia. Quando quase me esqueço,vem alguém me perguntar algo do tipo "aonde está sua gatinha?",eu rio de tão tosca afirmação porque nunca foi "minha", e digo que está por aí, e vou comer sozinho, comendo aquele prato que a gente gostava.Nos andares que frequentavámos, observo aereamente se você esteve ali ou está, e quando penso que você está lá, mesmo que quieta em seu lugar, com suas músicas, textos, jogos...É outra pessoa.Peço desculpas,foi mais um engano, e quando pergunto aos monitores,eles não sabem de você.
No trabalho, me lembro de uma outra fofoca (como aquela em que você fez uma menina bater no seu irmão...),mas, soam tão distantes que não parecem vindas de você.Foi você sabe quem que falou, e é provavél que depois disso, você entre perguntando sobre esse fato.Posso te dizer apenas que foi algo isolado,anedótico, sem precisar de preocupação.E confio em você.Porém,tinha que me lembrar disso?Porque foi outra pessoa que as disse, e não você.
Confiança...é, eu não inspiro muita.Frequentemente, meto os pés pelas mãos,faço burradas,me meto onde não devia, pensando que, de alguma forma,eu poderia ajudar.E o que acontece depois?Se sabe,o de sempre.E eu aqui, a distância d euma tela,pensando na vid ados outros, como se fosse numa tv.É bom para aparender, lentamente,doloridamente...que é melhor cuidar de sua tola vida, diego.
Estamos distantes, não temos assuntos, pois tudo aqui, é censurado ou proibido. Não,nem tudo que escrevo nesse espaço tenha haver contigo, na verdade, muita coisa atualmente não tem nada haver.Alguns momentos tentei te escrever, mas desisti porque não há email,carta ou qualquer coisa que vence essa muralha.Sempre acabamos nos esbarrando em coisas que não deveriam ser ditas, em arestas mal aparadas.Não é por mal,nem é por bem.É que talvez, não estejamos preparados para isso.E eu não seja a pessoa que você queira está nesse momento, por mais que com força você tenha decidido o contrário.Eu sei disso, porque eu sinto,mesmo que distante a mesma coisa.Muita coisa mudou, estamos irreconhecíveis,talvez nunca nos tivéssemos conhecidos, e acho que talvez você diga que eu não queira crescer.Ou que não amadureci.
O incêndio que aqui você disse que tentaria apagar, não se consumou.A chama queima, mas não há ninguém para ver os sinais de fumaça. Os bombeiros, já foram embora, e só ficou os escombros, restos que não posso aproveitar.Ainda tenho amigos, que não vejo seus rostos. Só suas vozes e letras.É, talvez os lugares novos que tenhas conhecidos e as novas amizades, tenham suprido isso, sempre tive maior dificuldade com isso, e desses tempos prá cá ando meio arisco,sem querer em conhecer alguém.Sei que não posso deixar isso me consumir ou me controlar...Porém quando a  gente se machuca ou ama alguém (o que pode dar na mesma), é tudo meio sem sal e nada parece suprir a falta que esse vázio deixa.
É duro admitir isso, e acredite ou não, não gosto de escrever isso nesse lugar, porque me constrange muito, tal como você deve está constrangida e talvez com raiva.O que ironicamente seria bom,porque sei que ao menos me lerás (se você ainda me lê...) e isso terá algum sentido.É que não encontrei outro jeito e eu tenho deixado tudo tão desordeiramente bagunçado. O stextos se acumulam, papéis em minha escrivaninha, tudo para estudos,monografia. Em 11 de julho, ás 16 horas três pessoas me julgaram por toda a vida.E mesmo que seja rápido,ainda assim estarei preso a esse lugar,até o próximo ano.E aos 24 anos, não receberei em meu aniversário nem uma ligação de amigos que há muito não se lembram de mim.
Os olhos ainda continuam cada dia mais a se cegarem, ironia, smepre fui cego,de nad adianta,que meus olhos que sentem falta dos seus. Eu que sinto outras afeições, talvez futuras paixões,ainda sinto o peito bater
Imagino o tanto de gente que você se arrependeu de , temporariamente, não poder conversar.Porém egoísticamente, só em mim,consigo pensar.
Não é por auto piedade ou pena que escrevo.Entenda, não é por você, é pelos meus sentimentos.É por eles que escrevo.Talvez a indiferença lhe diz "tanto faz".Se é assim esse é um modo de se ter paz.Trabalhamos,estudamos,saímos, comemos, durmimos e vivemos.Nas quatro paredes, meu leito tão quente, é um túmulo que me enterra ao entardecer.Na madrugada, já sonhei contigo.E há dois anos eu previ a distância crescente que você mesma disse que não existiria...E naquele bar, onde desesperado você me protegeu, me prometeste sempre abraçar nos braços seus...
É tarde da noite,já entrada madrugada, não consigo durmir.Dez anos depois, que escrevo tudo isso,penso,será que irás me ler? E s eler, o que dirá?Se puder voltar algum dia,por favor se lembra que você pode não precisar d emim,mas preciso de você.Prometo é só por enquanto,depois que isso passar,não te incomodarei mais.Com o tempo eu aprenderei...
Eu preciso aprender a ser só,só, sem você.
Diego Costa Almeida

domingo, 19 de junho de 2011

Crente tem cada uma: Filme Pornô Evangélico!

"- Agora crianças falaremos de sexo!Que Deus tenha piedade de nossas pobres almas...".
Reverendo da comunidade de Springfield antes da exibição de um vídeo sobre reprodução humana, The Simpsons, 2007.


Quando li isso no Facebook, pensei: É 2012 chegando...

sábado, 16 de abril de 2011



Blog do Pavarine publicou a mais nova invencionice gospel. Em nome de uma pseudo-espiritualidade, surge retumbante em nosso Brasil varonil, o movimento pornô gospel, onde filmes eróticos serão produzidos para “educação” do povo de Deus. Segundo os organizadores da indústria cinematográfica “porno-cristã”, os filmes produzidos devem ser fundamentados no "maior respeito". Para tanto eles estabeleceram regras como:

•"Retratar só casais matrimonialmente ligados em atos sexuais. Isto significa que quaisquer parceiros sexuais, em uma produção pornô cristã devem ser marido e mulher, dentro e fora da tela. Todos os agentes devem ser casados na vida real e retratarem a vida real. E eles só devem ter relações sexuais com seus cônjuges."

• "Retratar o sexo dentro de contexto de um casamento cristão. Devem-se aparentar através das ações, comportamentos e fala dos personagens retratados que são cristãos e que levam um estilo de vida cristã, e tem um casamento no qual sua fé é o ponto principal. Isto pode ser ilustrado em uma variedade de formas, com cenas mostrando por exemplo, um jovem orando em conjunto e estudando a Bíblia e freqüentando a Igreja ou realizando funções na Igreja e outras cenas relativas a um outro casal cristão fazendo sexo fora do seu quarto."

• "Não deve haver sexo extraconjugal, a não ser que seja para ilustrar as quedas de adultério. Os casais, em uma produção pornô cristã nunca devem ter relações adúlteras, a menos que seja para demonstrar que eles e seus parceiros sofrem e são punidos pelos seus pecados."

Além disso, O Cristianismo pornô traz a realidade da igreja de Cristo diversas práticas sexuais tidas como sodomitas, ménage a trois (sexo a três), sadomasoquismo, fisting, nudismo só para citar alguns, como sendo um presente de Deus para nossas vidas.
Pois é, definitivamente chegamos ao fundo do poço. Recuso-me a acreditar que pessoas ditas cristãs promovam este tipo de obscenidade. Tenho plena convicção que práticas como estas se opõem veementemente a mensagem do Evangelho de Cristo Jesus. Cabe a Igreja de Cristo um posicionamento audacioso diante da promiscuidade que tomou conta do nosso país. Sem sombra de dúvidas não devemos nos curvar diante da imoralidade que tem destruído parte da sociedade brasileira.
Como já escrevi anteriormente fomos chamados pelo Senhor a vivermos de modo absolutamente diferente dos que compõem esta geração. Compromisso com a moral, decência e santidade devem fazer parte da vida daqueles que nasceram de novo, levando-nos a exalar sobre os que se encontram em estado de putrefação espiritual o bom perfume de Cristo.

Maranata!

sábado, 18 de junho de 2011

Presto (Summer:Concerto in sol minore) - Antonio Vivaldi (1678-1741)


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Antonio_Vivaldi

O menino triste (Como é a vida de alguém que não consegue ler?)



[03:31] Diego: como seria sua vida sem saber ler?[03:31] Joyce: naun seria vida[03:34] Diego: pq[03:34] Diego: ?[03:35] Joyce: pq naun ia ter comunicação [03:36] Joyce: um tipo de comunicação universal
Hoje, eu conheci um menino triste.Foi no meu trabalho, cheguei na empresa debaixo de chuva.Uma tempestade que dura quase três dias.Logo no início, o meu chefe falou de um pai, que irado, tinha o procurado com a alegação de que eu não tinha dado aula a sua filha.Me surpreendi:Ela é a minha melhor aluna, e no dia, estava tendo aula comigo. Ela havia levado uma revisão de 18 perguntas sobre a Antiguidade Oriental (Índia e China), e têm notas excelentes, tranquilamente, se sentou e começou a fazer sua revisão, enquanto outro aluno meu tinha um reforço de geografia comigo (Divisão regional do Brasil e Amazônia), para se preparar para uma prova. Nesse meio tempo, chega o meu chefe e diz que um aluno iria para mim, só que estava sem livro. A menina. que era da mesma sala que o garoto e filha da diretora do colégio, disse que o mesmo era terrível (e ainda se referiu a um que eu conheci como sendo pior ainda), mesmo assim recebi o aluno.

[03:31] Diego: como seria sua vida sem saber ler?[03:32] Mellissa: completamente oposta a que vivo[03:32] Mellissa: rsrsrs[03:34] Diego: pq?[03:35] Mellissa: pq se eu n soubessee ler consequente n saberia escrever ,e faço isso a maior parte do tempo

Esse aluno foi bem em minha aula,apesar de não ter feito no colégio a revisão, consegui conversar com minha outra aluna para emprestar o livro dela e o caderno para que ao menos fizesse as quatro primeiras perguntas (copiar as perguntas, depois ele faria a pesquisa sozinho). Entretanto para a minha surpresa a menina emprestou seu livro e até deu as respostas,só faltou uma pergunta apra ela responder.E aí, chega em casa irada e diz que nçao estudou!O meu chefe explicou,e disse que infelizmente a menina era um tanto quanto egoísta,fiquei triste, porque não dividir um livro é como não dividir  próprio ar.Entretanto, algo mais triste viria a mim, na forma de um menino.
03:27] Diego: mas,ívila,vc ja imaginou sua vida sem saber ler?
[03:27] Ívila Renata: seria [03:27] Ívila Renata: sem sentido praticamente[03:27] Ívila Renata: amo literatura
Ele entrou na sala semivazia, se sentou,e apenas disse seu nome. Era moreno, por volta dos seus dez ou onze anos, cabelos lisos curtos e expressivamente olhos castanhos claros.Eram lindos, e distantes.Está na sexta série de um colégio particular.Ele me disse isso:Apenas seu nome.Em uma hora e meia de aula,só escutaria duas palavras dele.Não mais que dez ou vinte palavras, se não me falha a memória.Era quieto, silencioso, demais. Como se houvesse um mundo dentro dele, que só ele sabia, mas, ele me via sabia da minha existência e interagia comigo. Me mostrou o seu programa de estudo para a prova, apontou e falou o que ia cair.Começamos a estudar.

[04:04] Diego: como seria sua vida se vc n soubesse ler ou entender a escrita?[04:05] rosimario: ñ faço a minima idéia[04:05] rosimario: como eu gosto de ler[04:05] rosimario: no monimo seria chata[04:05] rosimario: mas pra uma pessoa q ñ sabe[04:06] rosimario: ela molda a vida dela sem depender disso

O assunto era fácil: Mesopotâmia e Egito. O livro, apesar de considerá-lo fraco (pra não dizer, ridicularmente fraco), tinha o mérito de ter uma linguagem simples e direta, além de bem enxuto no conteúdo (até demais para o meu gosto). Pedi que lesse, e descobri que seu nível de leitura era equivalente a de uma criança de seis anos ou quatro anos em período de aprendizagem da leitura.Perguntei se ele havia entendido o que leu,apenas moveu a cabeça para os lados dizendo que não. Pedi que escrevesse, fizesse exercício, ele copiou as perguntas, ainda que com os típicos erros de ortografia (apesar da bela e surpreendente caligrafia), no entanto não conseguia entender o que lia, nem suas próprias palavras escritas.Nada, absolutamente nada, ele entendia.

[04:08] nanda: bem complicada[04:15] nanda: pq eu seria completamente dependente de outras pessoas
[04:04] Diego: como seria sua vida se vc n soubesse ler ou entender a escrita?
Ele estava ali, eu sabia disso. Ele me entendia, ele escrevia, ele lia ainda que com muita dificuldade. Mas não entendia um simples texto, nem mesmo aquele feito por si próprio. Não havia vivacidade no olhar, como se não tivesse sentimento. Como um autômato, escrevia. Mas Ler e Compreender? Uma ordem escrita, uma pergunta, nada. Era um vázio que não se fazia vázio e que, no entanto, não causava nele nenhum embaraço ou desconforto aparente, só uma silenciosa indiferença expressa em olhos vividamente castanho claros. Olhos que demonstravam não fazer a mínima idéia, aparentemente, para que serviam. Seria sua timidez? Não, não era isso, já conheci alunos na minha banca de estudos com os mais variados graus de letramento e sociabilidade, entretanto, jamais havia visto algo como isso. Ao término da aula, não consegui trabalhar os dois capítulos com ele, e ele se foi, sem dizer nada, calado. E aqui eu fiquei, com uma tristeza, uma solidão, tamanhas que tive internamente a vontade de chorar.Pode ser exagero meu, mas aquele menino lembrou-me de um tempo em que eu era assim.Um tmepo de gardenal, um tempo de psicológas, psicoterapeutas, de inadequação social. De falhas de comunicação, de solidão.De um menino triste. 

Eu procurei uma amiga em específico para falar sobre isso.Uma mulher de letras, poetisa, lunar. Ela não respondeu. Então fui falar a uma beleza selvagem maranhense, e ela tão pouco soube me dizer.Depois falei a outros tantos pela net.E essas foram suas respostas, que as coloquei ao longo desse texto. Por que ainda assim, sinto esse vázio? Porque para nós que lemos é tão difícil o entendimento sobre isso, a não existência da leitura?Nem mesmo a menina cuja a mais vivída inteligência admiro conseguiu me responder, uma Alice tão bela, a minha Doroth, que acreditava poder me responder apenas disse:

[04:04] Diego: vc conheceu algo assim antes?[04:11] Mellissa: não


Dislexia? Autismo? Timidez? Analfabetismo? Indiferença?Estranhamento?Não sei. Entre as suspeitas ventiladas em mim, tanto pela minha mãe quanto por amigos, de resto me ficou uma sensação, uma apreensão dessa "Tábula Rasa" Lockeana, esse pesadelo de Rousseau, Paulo Freire e tantos outros luminares da educação.O silêncio. Apenas ficou em mim a tristeza, o vázio. E a percepção após a leitura de uma reportagem da Veja que exaltava a nova geração de leitores de nosso país, que aquele garoto de alguma forma não professavam essa religião, essa paixão, esse amor que é a literatura. Temo que sua nota seja vermelha, e que mais uma vez os avisos que dei no trabalho sejam ignorados em prol da minha suposta "inapetência" para lidar com aquilo. É essa a verdadeira face do analfabetismo dito funcional: Para mim, um jovem professor em início de carreira, ele terá sido apenas mais um menino a passar por mim. Mas nenhum menino será tão silenciosamente parecido com o BRASIL.

Imagens gráficas (postêres)  de Andrzej Pagowski , fotografia tirada da internet.

Diego Costa Almeida.

The Modern End - Tristania






Tristania
Camera angles
decadence of a dying world
Matchsticks
Long dark corridors
They've got the urge to die young

Deepbluelettering

Carousels and fireworks
Ferris wheels
are spinning in the arc-lite city
Do they know
They have slept for so long
Do they know
The taste of their tongue
Do they know
They are trapped

Let's celebrate the modern end
Let the world begin again
Celebrate the renaissance man

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Funeral Blues -Poema de W.H.AUDEN (Poema de "Quatro Casamentos e um Funeral")

Tuesday, October 23, 2007


Funeral Blues, de W.H. Auden












W.H. Auden (1907-1973), poeta e crítico inglês, foi a grande voz dos jovens intelectuais de esquerda dos anos 30. Sua poesia é sempre perturbadora, seja quando aborda temas sociais e políticos, seja quando fala de assuntos espirituais e de impulsos homossexuais reprimidos. Quando T.S. Eliot, na época editor da Faber & Faber, publicou a primeira coletânea de Auden, Poemas (1930), ele foi imediatamente reconhecido como porta-voz de sua geração. Auden foi amigo de Stephen Spender e Christopher Isherwood, com quem escreveu peças teatrais.


As ideias de Auden mudaram radicalmente com o tempo. Ardente defensor do socialismo e da psicanálise na juventude, na sua fase mais tardia a sua preocupação central passou a ser o Cristianismo e a teologia dos protestantes modernos. Em 1939, Auden mudou-se com Isherwood para a América, onde conheceu seu companheiro Chester Kallman. Com ele, escrevu libretos de ópera, incluindo The rake's progress, para Stravinsky.


O poema Funeral Blues foi escrito por Auden em 1936, como a Canção 9 do livro Twelve songs, e costuma ser citado como expressão exemplar de um forte sentimento de perda e de luto, individual ou coletivo. Representativo do controle extraordinário do verso e da habilidade na manipulação da métrica do autor, o poema ganhou popularidade internacional no filme Quatro Casamentos e um Funeral , numa cena em que o personagem Matthew homenageia seu companheiro morto. Funeral Blues foi musicado por Benjamin Britten. Segue o original e algums traduções, que mostram como é difícil o desafio de se traduzir bem boa poesia.


Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.

Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message 'He is Dead'.
Put crepe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.

He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last forever: I was wrong.

The stars are not wanted now; put out every one,
Pack up the moon and dismantle the sun,
Pour away the ocean and sweep up the woods;
For nothing now can ever come to any good.

April 1936






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Poema de W. H. Auden (1938), recitado no filme "Quatro casamentos e um funeral".

De todas as traduções disponíveis, infelizmente não encontrei a tradução do poema da versão dublada do filme que é belíssima (só quem assistir o filme dublado verá),entretanto escolhi essa das demais traduções tiradas desse blog Máquina de Escrever

Funeral Blues

Parem todos os relógios, desliguem o telefone,
Não deixem o cão ladrar aos ossos suculentos,
Silenciem os pianos e com os tambores em surdina
Tragam o féretro, deixem vir o cortejo fúnebre.


Que os aviões voem sobre nós lamentando,
Escrevinhando no céu a mensagem: Ele Está Morto,
Ponham laços de crepe em volta dos pescoços das pombas da cidade,
Que os polícias de trânsito usem luvas pretas de algodão.


Ele era o meu Norte, o meu Sul, o meu Este e Oeste,
A minha semana de trabalho, o meu descanso de domingo,
O meio-dia, a minha meia-noite, a minha conversa, a minha canção;
Pensei que o amor ia durar para sempre: enganei-me.


Agora as estrelas não são necessárias: apaguem-nas todas;
Emalem a lua e desmantelem o sol;
Despejem o oceano e varram o bosque;
Pois agora tudo é inútil.


(tradução de Maria de Lourdes Guimarães)

Bônus: Trilha sonora do filme Quatro Casamentos e um Funeral