Uma música da Galícia, terra que faz fronteira entre Portugal e Espanha,ao norte,terra de bascos e dos antigos celtibéros...uma música sobre a história de um amor com fim trágico, das terras de além-mar.
Memoria da Noite
Luar na Lubre
Madrugada, o porto adormeceu, amor,
a lúa abanea sobre as ondas
piso espellos antes de que saia o sol
na noite gardei a túa memoria.
Perderei outra vez a vida
cando rompa a luz nos cons,
perderei o día que aprendín a bicar
palabras dos teus ollos sobre o mar,
perderei o día que aprendín a bicar
palabras dos teus ollos sobre o mar.
Veu o loito antes de vir o rumor,
levouno a marea baixo a sombra.
Barcos negros sulcan a mañá sen voz,
as redes baleiras, sen gaivotas.
E dirán, contarán mentiras
para ofrecerllas ao Patrón:
quererán pechar cunhas moedas, quizais,
os teus ollos abertos sobre o mar,
quererán pechar cunhas moedas, quizais,
os teus ollos abertos sobre o mar.
Madrugada, o porto despertou, amor,
o reloxo do bar quedou varado
na costeira muda da desolación.
Non imos esquecer, nin perdoalo.
Volverei, volverei á vida
cando rompa a luz nos cons
porque nós arrancamos todo o orgullo do mar,
non nos afundiremos nunca máis
que na túa memoria xa non hai volta atrás:
non nos humillaredes NUNCA MÁIS.
Tradução aproximada do dialeto Galego para o Português do Google Tradutor
Memória da Noite
Madrugada, o porto adormeceu, amor,
a lua abanea sobre as ondas
piso espelhos antes de sair o sol
na noite guardei a sua memória.
Perder mais uma vez a vida
quando rompe a luz nos cons,
perder o dia que aprendi a beijar
palavras dos teus olhos sobre o mar,
perder o dia que aprendi a beijar
palavras dos teus olhos sobre o mar.
Veio o luto antes de vir para o boato,
levou a maré baixa a sombra.
Barcos negros sulco de manhã sem voz,
as redes vazias, sem gaivotas.
E dirão, contam mentiras
para oferecer ao Patrão:
querer fechar com umas moedas, talvez,
os seus olhos abertos sobre o mar,
querer fechar com umas moedas, talvez,
os seus olhos abertos sobre o mar.
Madrugada, o porto despertou, amor,
o relógio do bar ficou varado
na costeira muda da desolação.
Não vamos esquecer, nem perdoá-lo.
Voltarei, voltarei à vida
quando rompe a luz nos cons
porque nós arranca todo o orgulho do mar,
não nos terem afundado nunca mais
que na sua memória já não há volta atrás:
Não nos humilhar nunca mais.
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