"Massacre da Praça da Paz Celestial (Tian'anmen) ou Massacre de 4 de Junho",Pequim,China,1989
Um jovem chinês desarmado,parando uma fileira de tanques de guerra.Eu me sinto assim ás vezes.Não há lugar seguro para onde eu possa ir: Eles,os meus medos, me seguem não importa o lado que eu escolha.E se aproximam rápido, como se fossem me atropelar.Esse é meu dilema: Me deixar levar por eles ou enfrentá-los.Já não posso ceder,já não posso fugir.Só me resta o embate.
Me olho no espelho:Quantas vezes a lua já mudou de fase?Nem me lembro.Ás vezes eu escrevo cartas que nunca serão enviadas, ás vezes escrevo na net.E sigo.É estranho: Quando você resolve conjulgar esse verbo,o seguir, você de imediato para um monte de coisas,e fica ali, no meio esperando o que vai ser.Ou o que vai vir depois.Foi assim que eu decidi que seria esse meu último verão: Invés de fugir, ficarei aqui,e que venham os touros de Madri!
Não vou mentir:Nem sempre sou forte o suficiente.Na verdade,ás vezes me acho bem fraca e pouco bonita.Pouco feminina e mulher.Não devia ser assim,mas,é. E quem não fica assim ás vezes? E nem sempre tenho a impressão de contar com todo o apoio necessário,ou com minha família.É raro um eu te amo,mas,quando surge...é tão repentino que é como se.Não sei dizer,porque agora olho os grandes olhos azuis meio cinzas da minha sobrinha recém-nascida, e o mundo neles é tão grande e bonito que a tia aqui,não pensa em outra coisa..
Vou ao meu curso de computação,converso com amigos.Vivos ou virtuais.Sinto saudades,e temo certas coisas.Janeiro está para chegar:Preciso de um trabalho logo,uma nova faculdade. O ano que vêm,espera uma mulher necessária por chegar. E ela não se pode mais demorar...
Então,medo,não posso mais depender de ti.Não mais.O passado vive em mim,mas,não respira por mim.O presente me chama,e por isso,não posso parar.É a travessia que faço.Faço disso meu grito de guerra,e jamais dele irei recuar...pelo orgulho que tenho de mim,por mim,e por todos.Não recuarei jamais!
diego costa
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