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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Cáp I: E melissa decide morrer....

http://www.youtube.com/watch?v=LIgugzypVXU

Oh, Eu  (Oh,Me) Nirvana
Se eu tivesse que recuar uma milha
Se eu tivesse que lidar com sentimentos
Eu perderia a minha alma
Dessa maneira como eu sou.

Eu não tenho que pensar
Eu apenas tenho que fazer
Os resultados são sempre perfeitos
E isso nem é novidade.

Você gostaria de ouvir a minha voz
Salpicada com emoção
Inventada em seu nascimento?

Eu não consigo enxergar o fim do meu eu
Minha total extensão, eu não consigo enxergar
Eu formulo o infinito
Guardado profundamente em meu íntimo.

Se eu tivesse que recuar uma milha
Se eu tivesse que lidar com sentimentos
Eu perderia a minha alma
Dessa maneira como eu sou.

Eu não tenho que pensar
Eu apenas tenho que fazer
Os resultados são sempre perfeitos
E isso nem é novidade.

Você gostaria de ouvir a minha voz
Salpicada com emoção
Inventada em seu nascimento?

Não consigo enxergar o fim do meu eu
Minha total extensão, eu não consigo enxergar

2x)
Eu formulo o infinito
Guardado profundamente em meu íntimo.




Melissa decide morrer.Como verônica que antes decidiu morrer.Ela escolhe no supermecado os prédio de maior conveniência, e pesquisa os preços de cada decisão tomada. Com insana alegria.É preciso ser eficiente, sem segundas chances, sem erros.Taylorismo mórbido,Fordismo funébre, morte em linhas de produção.É a urgência da equação tempoxdesejo. Ato e potência.Devir, vir a ser. Ela tem pressa: pretende pintar de vermelho as rosas brancas carmim da rainha de Copas, no jardim de concreto, e se ela se atrasar...
Corra!Segue o coelho!Você está atrasada!Sua vida parece ter sido uma sucessão de multiplos de 3 em personalidade, para apenas uma váriavel de si mesma.3 Faculdades, Santa trindade.O mel está presente em quase tudo,é onipresente.E como Deus,está só.E não há consolo filosófico aos assassinos de Deus,segundo Nietzsche.Então trabalhos se amontoam, muitos livros e cálculos para fazer como  o calculista de o pequeno príncipe,muito esforço para agradar a todos eles, pouco para si mesmo, eles que com seus enormes narizes pontudos e vermelhos, dedos duros em riste, os seus grandes olhos sobre mim,como diria Caetano Veloso, me cobrem com sua sombra,me cobram com suas dívidas vindas de ajudas sem preço. Tanto,para tão pouco, acaso, alguma vez você teve tempo para pensar se era isso que ela queria?Não,não dá tempo...corra,melissa,corra...
CRACK!E mais uma vez o espelho se quebra....que irmão descuidado eu tenho,vive quebrando as coisas,as pessoas, a si mesmo!E nunca arruma a bagunça,que sobra para mim....mamães sempre reclamaram, mas...CRACK!Mais um subproduto da Coca-cola espalhado pelos chão... cacos de vidro são brilhantes,como é bom se cortar...chorar pelo refrigerante derramado, é que Caim sempre anda fazendo.E sempre sobra para mim chamar todos as cartas marcadas e fardadas da rainha de copas,para tirar essa lebre louca de chá...e viciada em dar um CRACK nas coisas...será que é bom?Não sei,mas parece divertido...
Tratarei com o Chapeleiro louco dessa questão,antes de ir a meu blog essa manhã...
Os sinos tocam lá fora...quantas capelas eu já visitei?Sempre igual,padres,pastores,rabinos,imãs muçulmanos e de geladeira...você vai,senta,paga o dízimo,levanta,ora,faz amigos,e volta pra casa.Depois eles querem que você volte sempre,e sempre você deixa pra outro dia. Você ve todos eles, bem vestidos, padronizados, o exército do carpinteiro nazareno, marchando em formação fascista, com seus livros de capa preta de couro no braço suado, todo domingo de manhã, encarapintados, buscando a medieval salvação das suas vidas miseráveis.Rezam para comprar parcelado, sem entrada,sem juros, o seu terreno no céu,antes que o MST invada.Para conviver no céu feito de santos que já foram homens de pecado.E que continuar a pecar,alguns talvez você já tenha pecado, outros pecam na sua frente...corra,melissa,corra deles e de sua cruz fascista!
Nenhum deles esteve ao lado do filho do Homem,quando esse estava na Gólgota, porque estariam com você agora?Só dois ladrões.E imolou-se um cordeiro,serviu-se a carne e o vinho aos convidados,e no churrasco tocou pagode.Os romanos vomitaram tudo no trivium,para engulir tudo de novo.Orgias.O inferno são os outros...
Então eu me apaixono pelo melhor amigo do Bobo esponja,e minha amiga também.A moda agora são as estrelas do mar, já que as do céu são egoístas demais para descer e dividir seu brilho entre nós.Pegue a sua você também,e venha se divertir no fundo do mar com Lula Molusco, Sandy, Senhor Siriqueijo e Plâncton!Mas,esse tipo de molusco dura muito pouco tempo fora d'água, fica fedendo e morre.Fora do seu habitat natural,Rio de Janeiro e da Bahia,não costumam durar muito tempo.E com ele sentimentos que viram passado.Bom?Ruim?Não sei,depende do sexo.Bad Romance.Quem de nós duas foi mais intensa e viveu mais?AH poesia suficiente para falar sobre o assunto sem encher meu saco?Quanta coincindência...XXX vezes É NEH?Olha o pobre lobo solitário da titia, quem é o totó de quem mesmo?Morda com hidrofobia a mão fria que te afaga,escarra nessa boca que te beija, cachorro ciumento de seu perdido brinquedo que insiste em dar voltas para seguir em círculos (cachorro burro,não ve que isso é o próprio rabo!), pera vou ali dar a ração sentimental diária a ele e já volto.Não se sinta culpado por isso,ok conselheiro?
Tiro fotos em banheiros bissexuais brancos de morte oriental,parecem mais cásulos de mijadores derrubados pelo meu jab de esquerda! Escuto músicas doadas por terceiros,escrevo....minha pequena escada para o céu.Voando no Led Zeppelin.Posto fotos de amigas despedidas.Vai ter bolo e guaraná, muito doce pra você, no seu aniversário?Vou rezar na clínica San Raphael, lá no oitavo céu, para você nunca morrer numa sexta-feira de outubro.Não,sou historiadora factual, prefiro a clínica mesmo,deixa o santo de lado para os amigos mortos.Psicológica.Pato Donald Lógica.Bipolar.Parece um bom plano,será aqui que vou regar as rosas brancas de sangue da Rainha,no solo de concreto.Quantos andares para subir até o céu?Ou o inferno?Uma hora antes da sexta-feira da paixão,ás 14.Tem o horário do chá não posso me atrasar!Tenho que mamar no parapeito materno,mamãe.Tenho fome desse leite fel.Amargo como mel.Doce como veneno.Chocolate como pimenta.Preciso beber e fuder antes de descer a ladeira.
O gosto da manhã de sexta será de algodões doces, sol e nuvens brancas lentas a se mover no céu.Vou tá feliz, andando egoísticamente pela cidade.Eu desisti,perdi.A vida é assim,Charlie Brown.Meus cumprimentos a Snoopy e Woodstock.Todos pretendem me salvar,menos eu.Por que mesmo vou pular?A gravidade deve ajudar.Objeto voador não-identificado.Objeto mais pesado que o ar.Deveria ter emagrecido mais para flutuar.Já dizia Karl Marx: Porque tudo que é sólido, se desmancha no ar.

*                                                                        *                                                                                    *
E mellissa Decide Morrer ( By : Mel For Diego)


Então, foi bem difícil fazer uma resenha dos textos que meu amigo Diego [vulgo Lobo Solitário] escreveu. Mas não desisti facilmente e eis que mais uma vez tento por meio de palavras expressar um pouquinho dos meus conflitos e me perdoe caro leitor (a) se parecer confuso demais, sem nexo afinal a lucidez que em mim habita é assim: cheia de fragmentos desconexos que juntos pretendem ter sentido .
Como bem diz o Diego, é uma história que narra minha jornada do inferno ao céu e que teve seu “desfecho” no dia em que eu completava 20 anos [oito de out de 2010].Habilmente ela está dividida em 3 atos e começa com a minha decisão de não viver mais, traduzindo : Ia cometer suicídio.
O título do texto faz referência a uma obra de Paulo Coelho “Veronika decide morrer” para que não conhece o enredo da história O livro conta a história de uma jovem eslovena que não aceita a idéia de viver uma vida sem sentido, decidindo se matar com uma overdose de calmantes. (se quiser saber o resto procura no Google) a diferença primordial era a forma que eu iria cometer suicido. Por experiencias anteriores sabia que tomar calmante não me mataria, eu poderia até ficar internada por uma semana, ou mais... Mas não morreria.

Então o primeiro passo era procurar uma forma segura de morrer. Oito andares.Era a medida exata para minha morte. Taylorismo mórbido, Fordismo fúnebre, morte em linhas de produção. É a urgência da equação tempo xdesejo.

E uma insana alegria (que inicialmente usei insana de forma tachada, pois não a considerava insana).

Corre segue o coelho. Você está atrasada. Uma vida de Alice, o relógio a me perseguir, não, não dá tempo. Corre Mellissa! Era um imperativo que eu não queria mais ouvir.

Crack, um irmão que quebra as coisas, quebra as pessoas e a si mesmo. Crack o mesmo som que o vidro quebrado faria quando pulasse do prédio ou seria pular do abismo que eu estava habitando?

Crack Crack,assombrando meus dias e de milhares de outras famílias.

Igrejas. Representantes de Deus. Dizimo. Salvação. Condenação. Não há lugar pra uma suicida. Tudo sempre igual. Reze 100 aves Marias, e pague o dizimo. De dinheiro para fogueira santa. Tome banho de sal grosso e um agrado para o pai de santo. Leia a cabala. Seja apedrejada. Coloque um cilicio.

Pague penitencia. Corre Mellissa.

Os outros nos oferecem vagas no paraíso. O inferno somos nós.

Sentimentos que ficam no passado? Não. Sentimentos que estão presentes. Estacionam mesmo sem vaga. Mesmo longe do local de origem e são alimentados pelas musicas e poesias. Não é quem é mais intensa. É quem com um punhal remexe as feridas e deixa expostas para que o cachorro venha lamber. Talvez cicatrize. Talvez não. E voltas e mais voltas são dadas. Sofrimento circuncêntrico. Afagos que balançam rabos. Mesma mão que apedreja. Sem culpas ok? Eu não vou estar aqui, mas não se sinta culpado por isso. Simples e doentio.

Fotografias. Solitárias. Paredes brancas. Hospícios. E aí daquele que ouse interromper o ritual. Escadaria para o céu? Pra onde estou indo mesmo?

Planejamentos. Escolhas. Não o santo atrai muita gente. Prefiro estar sozinha no momento. Não quero espetáculos. O prédio de psicologia. Sim , aquele que tive consulta ontem. Pobre psicóloga. Acredita que me ajudou muito. Estou liberada. Você apresentou um grande progresso. 1 dia depois :minha paciente ? Um cadáver.

Tao cruel pra quem deveria ser doce.

Por que 2 horas? Não gosto de números impares. Tenho fome desse leite fel. Amargo como mel.

Olho a cidade ao redor e nada me interessa. Eu finjo ter calma a solidão me apressa. Todos querem me salvar. Menos eu. Não há salvação pra quem desistiu de sim. Entendam. Foi meu pedido insano (?).

Por que mesmo vou pular?

Eu já nem lembro. Planejei com tanto cuidado que o motivo parece ter escapado. Quem sabe foi tomar um chá com a lebre ou discutir a questão com o chapeleiro maluco. Está lá. No fundo do poço. É só pular e você descobre. Estará escuro. Não mais que a escuridão que você está vivendo.

Cubra de vermelho esse asfalto. Não importa o motivo. Será divertido desafiar o medo de altura. Será. O vazio como resposta.

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