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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Amigos-Vinícius de Moraes


Half a man I Used to be - Stone Temple Pilots (Nirvana cover)

A música abaixo, cuja tradução está acessível no título, posto após uma meia conversa com um amigo que disse se sentir estranho, não conseguir durmir como antes, e que sinto que ama mas se senti perdido.O que penso ou sinto por esse amigo...é o que eu deixei ao tempo que respondesse.E até agora,nada veio.Então,deixo essa música, do álbum Creep,do Stone Temple Pilots,e que o Nirvana fez um belo tributo. Espero que você volte a ser metade do homem que você costumava ser ao menos,mas se possível,a outra metade da mulher que não morreu e que renasce sempre.
Stone Temple Pilots - Creep
Nirvana tribute
© 1992 Music by R. DeLeo/Words by Weiland, R. DeLeo
With Lyrics... 
Enjoy ♥.

 
Stone Temple Pilots
(Nirvana Cover)
 
 
Forward yesterdayMakes me wanna stayWhat they said was realMakes me wanna stealLivin' under houseGuess I'm livin', I'm a mouseAll's I got is timeGot no meaning, just a rhyme
Take time with a wounded hand'Cause it likes to healTake time with a wounded hand'Cause I like to stealTake time with a wounded hand'Cause it likes to heal, I like to steal
I'm half the man I used to be(This I feel as the dawn, It fades to gray)Well, I'm half the man I used to be (This I feel as the dawn, It fades to gray)Well, I'm half the man I used to (This I feel as the dawn, It fades to gray)Well, I'm half the man I used to be, Half the man I used to be
Feelin' uninspiredThink I'll start a fireEverybody runBobby's got a gunThink you're kinda neatThen she tells me I'm a creepFriends don't mean a thingGuess I'll leave it up to me
Take time with a wounded hand'Cause it likes to healTake time with a wounded handGuess I like to stealTake time with a wounded hand'Cause it likes to heal, I like to steal
I'm half the man I used to be(This I feel as the dawn, It fades to gray)Well, I'm half the man I used to be (This I feel as the dawn, It fades to gray)Well, I'm half the man I used to (This I feel as the dawn, It fades to gray)Well, I'm half the man I used to be, Half the man I used to be
Take time with a wounded hand'Cause it likes to healTake time with a wounded handGuess I like to stealTake time with a wounded hand'Cause it likes to heal, I like to steal
I'm half the man I used to be(This I feel as the dawn, It fades to gray)Well, I'm half the man I used to be (This I feel as the dawn, It fades to gray)Well, I'm half the man I used to (This I feel as the dawn, It fades to gray)Well, I'm half the man I used to be, Half the man I used to be 


Fonte: http://www.vagalume.com.br/nirvana/half-the-man-i-used-to-be.html#ixzz27M9Dylo2

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Metallica S&M live - The Call Of Ktulu (instrumental)

Música instrumental do Metallica baseada na obra mais famosa de Howard Phillip Lovecraft (1890-1937), "O Chamado de Ctulhu".

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Otherside - Red Hot Chili Peppers (Official Music Video)



 

Chorus:
How long, how long will I slide
Separate my side, I don't
I don't believe it's bad
Slittin' my throat
It's all I ever

I heard your voice through a photograph
I thought it up it brought up the past
Once you know you can never go back
I've gotta take it on the other side

Centuries are what it meant to me
A cemetery where I marry the sea
Stranger things could never change my mind
I've got to take it on the other
side
Take it on the otherside
Take it on
Take it on

Chorus:
How long, how long will I slide
Separate my side, I don't
I don't believe it's bad
Slittin' my throat
It's all I ever

Pour my life into a paper cup
The ashtray's full and I'm spillin' my guts
She wants to know am I still a slut
I've got to take it on the other side

Scarlet starlet and she's in my bed
A candidate for my soul mate bled
Push the trigger and pull the thread
I've got to take it on the otherside
Take it on the other side
Take it on
Take it on

Chorus:
How long, how long will I slide
Separate my side, I don't
I don't believe it's bad
Slittin' my throat
It's all I ever

Turn me on, take me for a hard ride
Burn me out, leave me on the other side
I yell and tell it that
It's not my friend
I tear it down, I tear it down
And then it's born again

Chorus

How long I don't believe it's bad
Slit my throat
It's all I ever
 

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O Doce Sabor do Cimento

(FIM)
Os olhos já não brilham como as paredes.Foi um salto, sem rumo nem vez. E com o abrir das púpilas, piscando velozmente, com o vento rasgando a pele. Ardiam.Como o fogo dos velhos tempos.Queimavam.Como as chamas do apocalipse.E voando longe demais,pensava alcançar no concreto armado, o sol que Apolo usou para derreter a cera das asas de Ícaro, arremessando-o aos rochedos do mar grego.Mas foi apenas beijo,doce sabor do cimento,que jazido ao chão,estatela o corpo,quebra ossos,esmaga miolos,desfigura rostos,desloca mandíbulas,quebra clavículas,arrebenta bacias,perfura costelas,salta as órbitas,espalha viscéras, arranca dentes, comprimi pulmões,corações,espalha meninges e sangue no solo profano do que de sagrado nunca foi. ´
Há uma lagarta rastejando numa folha seca.Em breve será uma crisálida, em alguns dias uma borboleta.Uma barata passa ligeira por entre o piso esverdeado de musgo,sujo de pés,sombreado de árvores,feito de cimento,tateia o sangue,sente o cheiro,talvez estranha o sabor e tonta se vai.Um rato passa ligeiro,e se desvia de novo do cano de pvc com isca de veneno,armado há tanto tempo para ser parte da paisagem,que de costume de desviar,nem é mais medo.Um besouro meio desavisado passa por cima de alguns rejeitos.Formigas que carregavam folhas,em breve carregarão miolos em suas presas para o formigueiro. Não tem urubu no céu,mas carniça atrai cheiro.E cheiro atrai cachorros sarnentos,vira-latas famintos,doentes,embriagados de preguiça,e curiosos que não demorarão a chegar,a olhar,chorar,ver,compartilhar,conversar,e a esquecer.
O servente é o primeiro,se benza,faz sinal da cruz,e chama a faxineira evangélica, que chocada chama o segurança,que no seu rádio emite um comunicado protocolar em código para outros departamentos,em alguns momentos chegará uma caminhonete ou caminhoneta, com a logo da instituição e os dizeres de segurança patrimonial.Verificarão o caso,chamarão a emergência,se a mesma já não tiver sido solicitada.O que na prática é tola burocracia,para constatação do óbvio:morte por lesões múltiplas dos órgãos decorrente de suicídio.As fraturas expostam gritam para o céu.E a polícia cientifíca,recolherá,como garis e carniceiros animais, os restos mortais,para que num freezer,em temperatura adequada,seja periciado,catalogado,investigado,e entregue aos familiares daquele que era um familiar estranho.
Se passa dias de comentários,dizeres,lembranças...sussuros,piadas,debates.Culpados reais e inventados.A imensa maioria silenciados. Ciclos de debate, comunicados das estância superiores protocolares, operações de abafa o caso. Cartazes de tosca cartolina afixados em algum muro ou coluna,para avisar,e depois serem riscados. Nos banheiros públicos,riscos,desenhos,profanações,programações sexuais,dimenssões fálicas,endereços virtuais de vadias virtuais,somente para ativos,moreno,alto,mais de 22 cm,tipo mignon,discreto,celular,email,enquanto alguém urina,e desenha a caneta uma passagem bíblica clamando para que se salve,outro responde com alguma ofensa.Propagandas de banda,sexo em andares escuros,festas em algum canto,bebidas em torno de um lago,colegas após as aulas.Gente que não se conhecia,é noite ainda.Alguém fala do assunto da semana,testemunhas ali não faltam,só para a polícia que não se apresentam.
Depois marca para sair,Recife Antigo,talvez.Alguém vai ficar com alguém,uma menina beijará outra menina e dirá que foi curiosidade ou bebida.Um beck será tragado.Um cigarro fumado.Homossexuais com piadas esdruxúlas,bis antenadas,rapazes animados para faturar um sexo fácil.E aí,faz ménage a tróis?É a cota do universitário,se tiver sorte na senha,de transar com duas mulheres ou da lésbica fatura aquela mina que tá com um cara que idiotamente irá aceitar sem imaginar que o desejo sexual seu é apenas um meio,para um fim...de sua namorada.Um carro com portas abertas e som berrando alto.Gente dançando,desrespeitos a lei do silêncio.Se misturam ônibus com paradas cheias.É terminal.Copos altos de plásticos,pessoas com as mais variadas roupas,estilos,e discursos políticos.Quase todos de esquerda,mesmo sendo destros.Há pouco sinistros,pra muita União Soviética.
Logo será onze horas da noite,os últimos alunos saem de seus livros,salas,professores irão embora dali.As saídas estão fechadas só se saem em um bovino sentido.Os mui altos senhores e senhoras do universo acadêmico,terminam seus mui diligentes deveres.Alguns discutem possibilidades de greve, disputas com o governo federal,as negociações do sindicato, as leituras de Ricoeur,Marx,Nietzsche,Lévinas,Strauss,Bauhman,Hobsbawn...pouco de Adam Smith,nada de Jornal Nacional.Alguns se candidatarão nas eleições,outros para Reitor,outros para oposição.Comentários a boca míuda,sempre tem um ou outra aluna que segue a corte...algumas bem bonitas,outras bem chatas.Uma língua maldosa dirá...preferidas e amigos do rei.As mais piedosas,prostitutas e amantes.Parecem ter em seus olhos interesses genuínos.Alguns não vão tão longe,tem bolsas de estudos,mestrados,estágios monitorados,monitorias,precisam estar em dia,correndo atrás,enquanto as distantes costas dos públicos funcionários se distanciam.Os mais ambiciosos sonham abertamente pela queda desses distintos "proletários",outros esperam pacientemente que os últimos exilados,torturados se afoguem em seus ressentimentos pós-queda de Muro.Os mais jovens ou aqueles que não suportam mais o capital,apesar de vivê-lo,serão declarados,pós-modernizados.
Horas atrás teve banca:monografia,tese e doutorado.No teatro,haverá formatura,na concha acústica manifestações de calorados estudantes ébrios de etilícos e de ilícitos.Os corredores novamente serão vázios.Alguém ficará novamente depressivo,bipolar,ou algo que valha,subirá as escadas normais ou de incêndio.Se tiver azar topará com algum gentil segurança,que com brutais gentilezas mandará voltar para casa mais cedo.Ou topará com algum casal que não conseguindo a chave do DA tentará se amar,escondidamente,em algum departamento.Sempre tem uma ou duas perguntas e depois embora.Os mais apressados de ônibus correrão.Se algum dinheiro tiver,vista grossa se farão.Nas grades colocadas com estardalhaços de fim de gestão,sempre se encontra uma porta aberta para vôo noturnos.
E com dificuldade ou não,com amor ou não,com dor ou não,mais alguém se jogará ou será jogado,e caíra em alta velocidade, experimentando a lei da gravidade,o vento rápido,o cimento amargo,todas as contas dos andares contados,todos os motivos fúteis ou válidos,existentes ou falseados,numa madrugada ou até mesmo num dia de sol.Gente de novo irá chorar,lamentar,reclamar,limpar,deixando o chão de cimento novo para novo salto. O doce sabor do cimento.´
(ÍNICIO)
 

domingo, 16 de setembro de 2012

Herpes ou o silêncio da escrita

Estou doente.Não dessas enfermidades que chegam e de repente se instalam.Não,não é disso que escrevo.É outro tipo de mal.Silencioso,secreto.Deixa as gavetas arrumadas, as roupas no lugar,os livros nas prateleiras. A comida posta na mesa, as fotos guardadas em envelopes amarrotados,rotas folhas de papel,secas pelo manuseio,amarelas pelo tempo.Se cai sobre as conversas, se manifesta em arroubos,se sentem em tempos,e desassombros.Se encontra no sono tranquilo e no desasossego.No português sem erros, na missíva que demora a chegar. A viagem que ficou marcada, o dinheiro reservado para a despesa a ser paga. A fila do caixa. O cartão da loja,a companhia solitária.A sexta-feira com suas paradas.Não tem mais beijo,os sanduíches, as conversas.É de se passar mal, é de se estressar, é de ver herpes labial estourar.A única coisa que se manifesta,quando o sentimento e o escrever se calam é isso...uma putridão que impede o beijo.
Já?Para alguns, é surpresa o que escrevo.Não,é mais triste,não sei quando escrevo.Se amanhã,se antes,se depois.O que não conto é que de modo algum se consegue escrever sem se dilacerar um pouco de si.É macerar, cortar,tentar definir o sentir pelas letras.E oferecer,a alguém que não se conhece ou se imaginar com alguém a ler e entender, o que você espera que já tenha sido entendido. É como menina que diz baixinho,indiretas,músicas,e você tenta entender,e fica sozinho.É ver os olhos cruzarem esperando resposta,e você não saber.É tentar dar abrigo,e o outro sentir solidão. Talvez,se aproximar do que te matou,se deitar novamente na cama de quem há muito havia sido promessa e amor.É segurança,é afeto,é isso mesmo?
Mesmo.Sempre.Invariável.A monotonia nos sufoca,mas quando fugimos dela,que falta nos faz.Não dá para salvar ou publicar.Ocorreu um erro em sua postagem.Tente novamente.Ignore o aviso.Já 01:51 de Domingo,e o tempo contando,logo será dois sozinho.  O tamanho da fonte é normal.A fonte secou,se cava no chão a lama que restou.Na terça-feira,tem Gabriela.Na madrugada tem Jô.Na quinta,Grande Família.Na sexta,o Globo Réporter.Só não vejo,Amor e Sexo,nos meus olhos.
Tem gente durmindo,tem futebol no domingo.E distante de mim,tem um corpo deitado na cama que não vejo.Chorei por minha mãe.Por meu pai.Até por amor.Jamais por mim mesmo.É perto de 25 anos,e quando outubro chegar,com as contas que terei que acertar com as minhas ambições pergunto a mim mesmo se haverá substituto para mim na quarta-feira.Porque eu preciso ser substituído na vida de uma empresa,como na vida de alguém.Na sexta,terá coral.Na terça,Pernambuco.Na quarta,o se fará?
Eu a trouxe de volta a minha rede social.Ela se aproxima,como tempestade sob o deserto da Austrália.Uma única,monolítica e dolorosa nuvem de chuva,silenciosa.Caíra com a força dos ventos,ou será apenas ameaça?Haverá orixás,santos,e afastamentos de corpo.O último tango de Paris não se ouvirá tocar.
Vai começar,mais uma semana.