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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

O 6º Dia

Primeira Parte:


Abaixo os Puristas

Poema do beco
Manuel Bandeira


Que importa  a paisagem, a Glória, a baía, a linha do horizonte?
- O que eu vejo é o beco.

BANDEIRA, Manuel apud MORICONI, Italo (org.). Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, p.41.

Sobre o projeto Desafio dos 100 poemas em 100 dias veja em: http://matuzalobosolitario.blogspot.com/2011/12/desafio-dos-100-poemas-brasileiros-em.html
Sobre o poema do 1º Dia "Poema de sete faces" de Carlos Drummond de Andrade veja em: http://matuzalobosolitario.blogspot.com/2011/12/o-1-dia.html
Sobre o poema do 2º Dia "Poética", de Manuel Bandeira veja em: http://matuzalobosolitario.blogspot.com/2011/12/o-2-dia.html
Sobre o poema do 3ºDia "Canção do Exílio", de Murilo Mendes veja em: http://www.matuzalobosolitario.blogspot.com/2011/12/o-3-dia.html
Sobre o poema do 4º Dia "Pronominais", de Oswald de Andrade veja em: http://matuzalobosolitario.blogspot.com/2011/12/o-4-dia.html .
 Sobre o poema do 5º Dia "Essa negra Fulô", de Jorge de Lima veja em: http://matuzalobosolitario.blogspot.com/2011/12/o-5-dia.html . 

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O 5º Dia

Boa madrugada a todos, devido as festas de fim de ano, eu não pude dar prosseguimento regular ao projeto, pois bem,continuo aqui com um novo poema, feliz natal atrasado e até a próxima.
                                                          
Primeira Parte:

Abaixo os Puristas

                                       Essa negra Fulô
                                                                    Jorge de Lima

Ora, se deu que chegou
(isso já faz muito tempo)
no banguê dum meu avô
uma negra bonitinha
chamada negra fulô
            Essa negra Fulô!
            Essa negra Fulô!
Ó Fulô!Ó Fulô!
(Era a fala da Sinhá)
- Vai forrar a minha cama,
pentear os meus cabelos,
vem ajudar a tirar
a minha roupa, Fulô!
             Essa negra Fulô!

Essa negrinha Fulô
ficou logo pra mucama
para vigiar a Sinhá
pra engomar pro Sinhô!
              Essa negra Fulô!
              Essa negra Fulô!

Ó Fulô!Ó Fulô!
(Era a fala da Sinhá)
vem me ajudar, ó Fulô,
vem abanar o meu corpo
que eu estou suada, Fulô!

vem coçar minha coceira,
vem me catar cafuné,
vem balançar minha rede,
vem me contar uma história,
que eu estou com sono,Fulô!

            Essa negra Fulô!

"Era um dia uma princesa,
que vivia num castelo
que possuía um vestido
com os peixinhos do mar.
Entrou na perna dum pato
saiu na perna dum pinto
o Rei-Sinhô me mandou
que vos contasse mais cinco."

            Essa negra Fulô!
            Essa negra Fulô!

Ó Fulô?Ó Fulô?
Vai botar para dormir
esses meninos, Fulô!
"Miinha mãe me penteou
minha madrasta me enterrou
pelos figos da figueira
que o Sabiá beliscou".

              Essa negra Fulô!
              Essa negra Fulô!

Fulô?Ó Fulô?
(Era a fala da Sinhá
chamando a Negra Fulô.)
Cadê meu frasco de cheiro
que teu Sinhô me mandou?

- Ah!foi você que roubou!
Ah! foi você que roubou!

O Sinhô foi ver a negra
levar couro do feitor
A negra tirou a roupa.

O Sinhô disse: Fulô!
(A vista se escureceu
que nem a negra Fulô.)

           Essa negra Fulô!
           Essa negra Fulô!

Ó Fulô?Ó Fulô?
Cadê meu lenço de rendas
cadê meu cinto, meu broche,
cadê meu terço de ouro
que teu Sinhô me mandou?
Ah!foi você que roubou,
Ah!foi você que roubou.

            Essa negra Fulô!
            Essa negra Fulô!

O Sinhô foi açoitar
sozinho a negra Fulô
A negra tirou a saia
e tirou o cabeção,
de dentro dele pulou
nuinha a negra Fulô.

            Essa negra Fulô!
            Essa negra Fulô!

Ó Fulô? Ó Fulô?
Cadê, cadê teu Sinhô
que nosso Senhor me mandou?
Ah!foi você que roubou,
foi você, negra Fulô?

               Essa negra Fulô!


LIMA, Jorge de apud MORICONI, Italo (org.). Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, pp.37,38,39 e 40.

Sobre o projeto Desafio dos 100 poemas em 100 dias veja em: http://matuzalobosolitario.blogspot.com/2011/12/desafio-dos-100-poemas-brasileiros-em.html
Sobre o poema do 1º Dia "Poema de sete faces" de Carlos Drummond de Andrade veja em: http://matuzalobosolitario.blogspot.com/2011/12/o-1-dia.html
Sobre o poema do 2º Dia "Poética", de Manuel Bandeira veja em: http://matuzalobosolitario.blogspot.com/2011/12/o-2-dia.html
Sobre o poema do 3ºDia "Canção do Exílio", de Murilo Mendes veja em: http://www.matuzalobosolitario.blogspot.com/2011/12/o-3-dia.html 
Sobre o poema do 4º Dia "Pronominais", de Oswald de Andrade veja em: http://matuzalobosolitario.blogspot.com/2011/12/o-4-dia.html  .
 
 
 
 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O 4º Dia

Primeira Parte:
Abaixo os Puristas
pronominais
Oswald de Andrade
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro

ANDRADE,Oswald de apud MORICONI, Italo (org.). Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, p.33. 
Sobre o projeto Desafio dos 100 poemas em 100 dias veja em: http://matuzalobosolitario.blogspot.com/2011/12/desafio-dos-100-poemas-brasileiros-em.html
Sobre o poema do 1º Dia "Poema de sete faces" de Carlos Drummond de Andrade veja em: http://matuzalobosolitario.blogspot.com/2011/12/o-1-dia.html 
Sobre o poema do 2º Dia "Poética", de Manuel Bandeira veja em: http://matuzalobosolitario.blogspot.com/2011/12/o-2-dia.html 
Sobre  o poema do 3ºDia "Canção do Exílio", de Murilo Mendes veja em: http://www.matuzalobosolitario.blogspot.com/2011/12/o-3-dia.html 

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O 3º Dia

Primeira Parte:
Abaixo os Puristas
Canção do Exílio
Murilo Mendes
Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametistas,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode durmir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!

MENDES, Murilo apud MORICONI, Italo (org.). Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, p.33. 
Sobre o projeto Desafio dos 100 poemas em 100 dias veja em: http://matuzalobosolitario.blogspot.com/2011/12/desafio-dos-100-poemas-brasileiros-em.html
Sobre o poema do 1º Dia "Poema de sete faces" de Carlos Drummond de Andrade veja em: http://matuzalobosolitario.blogspot.com/2011/12/o-1-dia.html 
Sobre o poema do 2º Dia "Poética", de Manuel Bandeira veja em: http://matuzalobosolitario.blogspot.com/2011/12/o-2-dia.html 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O 2º Dia

Primeira Parte:
Abaixo os Puristas
Poética
Manuel Bandeira
Estou farto do lirismo comedido
do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e
                                                        [manifestações de apreço ao Sr.diretor
Estou farto do lirismo funcionário que pára e vai averiguar no dicionário o cunho
                                                                                       [vernáculo de um vocábulo
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirimos namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar
                                         [com cem modelos de cartas e as diferentes
                                         [maneiras de agradar às mulheres, etc.
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare
-Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel apud MORICONI, Italo (org.). Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, pp.31 e 32. 
Sobre o projeto Desafio dos 100 poemas em 100 dias veja em: http://matuzalobosolitario.blogspot.com/2011/12/desafio-dos-100-poemas-brasileiros-em.html
Sobre o poema do 1º Dia "Poema de sete faces" de Carlos Drummond de Andrade veja em: http://matuzalobosolitario.blogspot.com/2011/12/o-1-dia.html 

domingo, 18 de dezembro de 2011

Desafio dos 100 Poemas Brasileiros em 100 Dias

No Pão de Açúcar
de cada dia
dai-nos Senhor
a poesia
de cada dia

Oswald de Andrade 

Boa noite,ou bom dia, pois passamos da meia noite. Depois de muito tempo sem escrever devido a questões profissionais, (in)felizmente, terei mais tempo para voltar-me a dedicar algumas horas do dia a esse blog. Mas,não é sobre isso, sobre mim, que venho escrever aqui:
Para começar, recentemente, no facebook de uma amiga, recebi um desafio ao qual foi colocado no blog http://mundopublico-universosparticulares.blogspot.com/ , que consiste em postar 250 músicas,uma por dia.Em resposta a esse desafio direi:Sim,eu aceito,mas responderei ele a minha forma a minha maneira, te desafiando também.
Há alguns meses atrás, recebi de presente de o livros "Os Cem Melhores Poemas Brasileiros do Século" , seleção de Italo Moriconi, da editora Objetiva, 2001.Recentemente,tenho lido diversos autores: Albert Camus (a peça Estado de Sítio,O Estrangeiro, A Peste),Franz Kafka (A Metamorfose,O Processo, O Castelo) Walter Benjamin ( A modernidade e os modernos),George Orwell (1984),Mikhail Gorbachev ( A Perestroika), Aldous Huxley (As Portas da Percepção, Céu e Inferno,Admirável Mundo Novo, Regresso ao Admirável Mundo Novo, A Ilha), Chico Buarque (Fazenda Modelo-Novela Pecuária), José J. Veiga (A Hora dos Ruminantes)...porém pouca atenção dediquei a poesia, seja por motivos de trabalho ou predileção pessoal.Pois bem,como uma forma de me incentivar a leitura de poesia e de todos os leitores farei uma campanha/desafio, para incentivar a leitura em nosso país. tendo em vista o crescente número de leitores e de "citadores" de autores na internet, penso que é mais do que oportuno mostrar,inclusive as novas gerações d eleitores e poetas, o que seus predecessores produziram até como forma de aperfeiçoamento literário,filósofico,intelectual e talvez moral. Por isso. falareio: Desafio a todos a postarem cem poemas em cem dias em blogs, redes sociais, em qualquer lugar onde se possa ler e dividir a leitura.
Para isso,resolvi usar como obra guia e referência a obra de Italo Moriconi, e postarei aqui apenas poemas de autores brasileiros, sei que é um risco pois posso resvalar nas predileções pessoais do autor,mas se é para começar que seja por um porto seguro ou não, pos não importa a ida e sim a chegada. Importante: Não é obrigatório a quem for participar seguir essa linha de ação minha, sigo ela por uma questão puramente didática, é válido desde autores internacionais, desconhecidos a produções pessoais, sejam individuais ou coletivas. Só é pedido que sejam Poemas e que coloquem a referência sobre os autores e a obra (e salientar quando for anônimo).Seguindo a divisão do livro, dividirei em tópicos. O primeiro se chamará "Abaixo os puristas".
E como primeiro poema, publicarei aqui "Poema de sete faces" de Carlos Drummond de Andrade.Boa noite e boa leitura.


O 1º DIA

Primeira Parte:
Abaixo os Puristas

"Na poesia brasileira, é a revolução modernista de 1922 que dá régua e compasso. Transforma-se em relíquia o lirismo passadista, comedido e convencional, criticado por Manuel Bandeira em favor do lirismo passional de bêbados, loucos e palhaços. O poeta agora é o gauche, o desajeitado, d eque fala Drummond.A poesia serve para dizer aquilo que dentro de nós produz desconforto. O real vence o ideal na disputa pelo poético. E assim o Brasil começa a dizer de maneira mais direta nos versos de seus poetas. Abaixo os puristas. Rompem-se as amarras com a tradição, a língua portuguesa fica mais brasileira, "bárbara e nossa", como quer Oswald de Andrade. Os modernistas esquecem Lisboa e celebram Paris, aposentam Camões e consagram Baudelaire. Por outro lado, absorvem a linguagem popular das ruas, os múltiplos acentos regionais, os falares multiétnicos de nosso índios e nossos negros.Ficamos menos lusitanos.E nos tornamos, de um só golpe, mais cosmopolitas e mais nacionalistas."
  1. 1ºPoema, 1º Dia


Poema de sete faces

Carlos Drummond de Andrade

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse:Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabia que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução,
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.


citado em: 

DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. apud MORICONI, Italo (org.). Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, pp.28, 29 e 30. 

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Testamento:Contrato de compromisso consigo mesmo (Não deixarei saudades para trás...)


Está decidido: Quando me for, não deixarei saudades para trás.Não deixarei nada para trás. Não recuarei mais de minha decisões, nem das consequências de meus atos. Levarei todas elas na mala, fazer as trouxas com todas as coisas,e carregar tudo nas costas. Deixo a casa, as cartas, os vidros quebrados, as bonecas de porcelana, os jasmins, os discos.Levo apenas comigo,o necessário de tudo isso, que eu deixei.
Eu sei,haverá objeções,críticas e reclamções.Injustiças ou incompreensões dos quais não poderei escapar nem evitar.Mas,que ainda assim,eu as prefira a todas elas do que regredir a teimosia de meu Ego.Prefiro ouvir,por mais que doa o erro e ponderar, do que jamais ter pensado e aprendido.
Não será de um dia para outro, mas chegando a hora, sei que não poderei mais me demorar. O caminho é longo, tem muito chão, poeira e barro.  Essa areia que entrará no sapato, eu tirarei da sola apenas quando parar numa sombra amiga ou numa casa perfeita, aonde se possa olhar a paisagem ou tomar um café preto na mesa.Vou tirar o pó das sandálias e guardá-las aonde vento nenhum possa carregar, até o dia em que a morte ou o Alzheimer levem na embora.
Eu vou ter nos ombros, os pesos de erros e desatinos.Porém, creio que de algum modo, mesmo sozinho, haverá um ombro amigo com um ouvido limpo, ou de preferência com o mínimo de cera e reservas, para me escutar.Tentarei não amolar facas e tempos alheios com o desnecessário, o fútil ou  chatisses. Se eu puder evitá-las todas, me darei por satisfeito,se não tentarei sempre.Só o essencial deverá ser conversado para desarmarrar os laços do nó górdio que pesam no miocárdio com a espada alexandrina da clareza,simplicidade e sinceridade.
Conhecerei as manhas e as manhãs. O sabor das massas e das maçãs. Irei mais além, ousarei sonhar, mesmo nos tempos em que caiam a mais forte tempestade ou a mais pesada noite escura. Lembrarei dos Vagalumes, das Cigarras, das Formigas. Do luar. Deitarei a cabeça nas pedras, o corpo na grama e olharei a noite como se fosse o último ato de uma composição de Chopin.
Molharei todos os dias ao acorda, o rosto com a água da fonte ou da cachoeira mais próxima. Lavarei meu corpo com toda água de cheiro que eu encontrar. Sei que ao entregar meu corpo ao outro, irei me cortar de espinhos. Porém prefiro pagar para ver o cheiro das rosas, do que ter sido egoísta e nunca ter amado as flores. É mais fácil falar do que fazer, mas se eu não falar, quem mais irá fazer?Então é bom deixar a preguiça de lado, as reservas e amar de novo o novo sempre,seja na forma de antigos rostos ou fascinantes desconhecidos.Mas que venham todos com carícias, sexos e beijos cheios desse Axé que é a vida.
Que seja esse o meu Élam vital  Bergsoniano: A infinita capadicade de me surpreender com o inesperado, o belo e o infinito.
E se no fim da jornada,meus joelhos se dobrarem e não conseguir mais andar.Se eu me deitar cansado e não conseguir mais me levantar.Se meus olhos estiverem tão pesados, que seja até difícil sonhar.Antes do último apagar das luzes,antes que os panos todos caiam sob a ribalta.Eu teria escrito mil ficções, orado mil orações, cantado mil canções, amado mil corações, abraçado mil irmãos, e vívido mil encarnações, todas elas como se fossem a primeira vez.
E deixarei assim, o meu testamento com os grãos da terra, que semearão e brotarão, formaram bagas de sementes com os quais faremos o pão, que é o corpo da vida, do Cristo,e com o vinho da alegria, seu sangue, eu e todos os meus filhos, brindaremos para no final não nos arrependermos de nada e dizer:
"-Valeu a pena caminhar nas pedras do Arpoador,junto ao mar!".
Esse é meu direito,minha decisão.
assinado,
(coloque seu nome aqui)

domingo, 4 de dezembro de 2011

A Melhor História da Turma da Mônica

O quadrinho que eu posto hoje está circulando pelo facebook por meio desse blog:http://www.voutedizer.com.br . Inicialmente eu não liguei a mínima,mas depois de ler,e relembrar os tempos em que eu linha o Almanaque de Férias da Turma da Mônica,fiquei muito emocionado com essa singela história do Maurício de Souza.Honestamente,eu prefiria que ele não tivesse mudado o traço no "A Turma da Mônica Jovem" para o estilo mangá (para mim,foi um completo desperdício que tirou a originalidade e a pureza dos traços originais,sem falar que descaracterizou e comercializou ainda mais uma parada tão infantil,mas enfim...).Porém,realmente eu concordo:O cara é um gênio,e se não for, tem momentos de rara sensibilidade e beleza.Dedico essa postagem aos meus amigos,todos eles que me aturam até o fim,e as pessoas que eu amo.Um bom início de semana a todos,e fiquem com Deus.Até a próxima^^.

A melhor história da turma da Monica

Quem já acessa o vtd, sabe que eu sou muito fã da turma da Mônica, e quando eu passeava pelo mar internético me deparei com uma história super legal da turma da Monica e resolvi compartilhar com vocês, que o Mauricio é gênio todos sabem, o cara é uma pessoa que marcou a infância de muita gente que cresceu lendo seus quadrinho, vejam:









sábado, 3 de dezembro de 2011

Sweet Dreams - Marilyn Manson (MMV Berserk)

Mais um MMV de Berserk, se você quer conhecer esse mangá e ver o primeiro vídeo feito acesse nesse blog:http://matuzalobosolitario.blogspot.com/2011/11/amv-beast-within-berserk-manga-feat-in.html



Sweet dreams are made of these
Who am I to disagree?
Travel the world and the seven seas
Everybody's looking for something

Some of them want to use you
Some of the them wanna get used by you
Some of them want to abuse you
Some of them want to be abused

I wanna use you
And abuse you
I wanna know what's inside

Movin' on, movin' on
Movin' on, movin' on
Movin' on, movin' on
Movin' on!

Sweet dreams are made of these
Who am I to disagree?
Travel the world and the seven seas
Everybody's looking for something

Some of them want to use you
Some of the them wanna get used by you
Some of them want to abuse you
Some of them want to be abused

I'm gonna use you and abuse you
I've gotta know what's inside
I'm gonna use you and abuse you
I've gotta know what's inside

O Salto - O Rappa (Acústico MTV)

não fala merda, esse clipe foi sensurado pro que foi feito logo depois que o collor confiscou a caderneta de poupança de todo mundo, um cara se matou com uma filha no colo, no dia anterior a esse fato, ele juntou os dois fatos e fez ser a mesma historia, e ficou muito boa por sinal.
rafaelnetto1000 1 mês atrás no Youtube.com

..motivo mais do que suficiente para postar essa música hoje,não acham?Para Breno e Priscila de Teresina,lembro deles quando escuto essa música...meus irmãos piauenses...



O Salto

O Rappa

Composição: Carlos Pombo / Marcelo Lobato / Marcelo Falcão / Lauro Farias / Xandão 
As ondas de vaidade
Inundaram os vilarejos
E minha casa se foi
Como fome em banquete
Então sentei sobre as ruínas
E as dores como o ferro a brasa e a pele
Ardiam como o fogo dos novos tempos
Ardiam como o fogo dos novos tempos

E regaram as flores do deserto
E regaram as flores com chuva de insetos
E regaram as flores do deserto
E regaram as flores com chuva de insetos

Mas se você ver
Em seu filho
Uma face sua
E retinas de sorte
E um punhal reinar
Como o brilho do sol
O que farias tu?
Se espatifaria
Ou viveria
O espírito santo?
Se espatifaria
Ou viveria
O espírito santo?

Aos jornais
Eu deixo meu sangue
Como capital,
E às famílias o punhal
À corte eu deixo o sinal, sinal!

E regaram as flores do deserto
E regaram as flores com chuva de insetos