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sábado, 19 de novembro de 2011

O Estrangeiro


Algo perturba o escritor da madrugada. Ele tem sono,de fato: As pálpebras cansadas, os olhos vermelhos, as bolsas formadas ao redor das órbitas vázias de sistemas que lhe dêem um brilho solar.Todo o corpo grita.Morpheu, Hipnos,Sandman onde está o meu sonho?Cadê o seu peso de areias sobre meus ombros,que me fariam implorar descanso? Aonde foi parar meu refúgio nesse ninho desolador?É noturno, apenas a música executa o silêncio,que a noite cobre de estrelas sem luar.
Ele deitou na cama,estava cansado.Leu toda uma obra comportamentalista de ficção, que indicava o funcionamento de uma sociedade baseada na satisfação da felicidade individual por meio dos estudos e predições comportamentais da comunidade por meio de uma chamada "Engenharia Comportamental", o que na obra do escritor Burrhus F.Skinner, fundador da escola denominada Behaviorista da Psicologia Americana. A felicidade nada mais seria que uma série de satisfações mundanas resolvidas em suas necessidades mais básicas...resolvasse isso,e terás o Admirável Mundo Novo sem Soma ou alucinogénos que o valha,a um preço acessível,eficiente e presente.
Realmente,nada disso faz sentido.Ele anseia por algo novo.Que o movimente,que o salve.Ele inveja quem tem o sonho de voar para algo longe.Ele não pensa nisso,pois o longe será o mesmo que antes se ele chegar da forma como se encontrou.Será apenas estranho.Estrangeiro.
O escrito da madrugada tem sono,as idéias lhe faltam.O peso de Morpheu chegou,e já bateu a uma hora da madrugada.Os deuses venceram, a rotina ganhou,e tudo voltará a ser como sempre foi.E com elas as horas, todas elas, boas ou más, como sempre deveria ter sido.

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