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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Agosto


Eu não tenho medo, de nada desse mundo, que eu já tenha ouvido falar.Faz muito tempo que não escrevo,e acho que meio que esqueci como se faz.Tive momentos de vertigem na semana passada: uma mensagem no celular, uma demissão de 12 horas,duas longas conversas por voz,uma saída com dois amigos para ver um filme repetido (mas,com amigos,é outro sabor que sozinho, se sabe bem disso).Aniversários de mamãe e papai.Uma psicológa, um curso de inglês.E sensações de carência.E no meio de tudo isso, nos manter distantes.Não sei se você percebe o número de coisas que fazemos distantes um do outro,como se cada um não tivesse existido antes daquele momento, em que informalmente fomos apresentados numa reunião de um dia qualquer de DA.
Julho acabou,agosto chega,e logo virá setembro.O temido setembro (?).Outubro,novembro,dezembro.Todo um ano inteiro.Os planos mudaram,e mudaram as direções.Como as estações.Os sentimentos, e os momentos.Como num lapso de memória,os dejá vu´s se foram.Há momentos de escuridão, natureza morta, luz e sombra. Pétalas de Sempre-em-mente e amores-perfeitos. Em que o pretérito imperfeito vem a tona. Mas, o presente é confiante, é isso que deixamos de herança um para o outro. Não digo que se foi o tempo dos medos, certas cicatrizes irão ficar. Porém é bom rir de vez em quando, quando se está num bar, com amigos do Piauí e uns goles de cerveja escura no Burburinho...
Eu não tenho lido bastante, apenas o que me dá.Sinto falta das páginas amarelas e só recebo auto-ajuda.Os ventos ainda sopram, a areia flutua e a chuva que cai lá fora, ainda agita o mar...
Não que eu te acho boba,só eu que errei.Os novos bahianos são velhos.Descubra a nova música,dance seu caminho.Não tente abraçar o mundo sozinho,menina...a monografia não surgirá assim,dessa distopia.Espere o sol nascer.Caminhe noite acima...
Você se prendeu em um momento, e agora que está nele, não consegue se libertar...Todo o quarto coberto de fotos, e seus cadernos no sótão, ainda esperam você voltar. Eu devo um refrigerante, a uma menina maranhense, que talvez devesse ficar.Ainda não fiz o exame em meus olhos, a turva visão terá que esperar.Não que haja tempo,porém é assim que terei que apostar.
Eu não tenho medo,de nada desse mundo.Apenas do que me espera, no fim da próxima aula.Cada aluno é diferente, é uma nova emoção.Ás vezes volto cansado, e com uma nova lição.Só sei que nada sei.Nas brumas de um texto,não te encontrei.Só sei que por um momento,quero te encontrar. E se ainda formos embora,que você voe por aí...
O mundo é tão vasto como os olhos de suas sobrinhas.Nunca canse de os admirar,por favor!E os sonhos que vivem na Paraíba, no sorriso da menina palhaça. A um vermelho guardado em fortaleza.E um triste azul no Acre, que sempre te sorri.Uma devota reza no norte.E há maridos por todos os lugares.Um batizado e um carnaval. A cidade da Mesopotâmia te espera.E quando chegar janeiro e houver uma viagem,se lembra de carregar a máquina fotográfica e registrar aquele momento antes de voar na pedra do arpoador e chegar em algum lugar...
Apenas quando um momento se torna único,é que valeu apena.Não sobrecarregue as asas,anjo.Em um apenas um momento,você irá decolar...

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