-Te convido a contemplar a insignificância da tua existência...
Morte para Dean Winchester, último capítulo da 5ª Temporada de Supernatural,2011
Houve alguma coisa de errado na última semana.Nas costas que eu te desenhei,senti um calafrio.Teria sido um susto ou simples madrugada?Você me perguntou se teríamos um caso, até onde íriamos.Recuaste.Um passo para trás?Se enxugue,a toalha está sobre a cadeira. O sol nasceu,estamos nus e não nos vestimos.Não tenho motivos.Noite passada,você falou de todos os casos, todos os passados.Nus, calamos.Não havia motivos nem porquês.Apenas estavámos ali como se tivesse sido tudo arranjado para um único conserto de Oláfur Arnauld, e fossemos os últimos seres humanos dessa imensa Makondo, chamado planeta Terra.
Te abraço por trás.Não vejo seu rosto,só sinto sua seda.É a pele,e todos os seus segredos,que desvendo passeando a mão pelo esboço imaginário de seu rosto,descendo o busto, aonde encontro firme e duro a caixa que guarda seu coração.Seus tremem,como seu corpo.Ouço um arfar que me aproxima mais de ti,e minhas mãos te desenham, descendo, passando em seu umbigo,atingindo o Equador e...
Você se vira abruptamente e me vê.Seus olhos me faiscam,seus lábios inferiores constritos e mordidos.Longos eternos minutos,em que te olho.Era para ser um sussuro,mas fizemos silêncio.Sempre subvertemos o que criamos, e nunca seguimos nossas próprias regras.Elas se quebram com dedos,e toques, que se entrelaçam.Me abraçou,e senti seus seios me pressionarem levemente.Olhe para mim,e veja se eu consigo te tirar do paraíso.
Em movimentos sísmicos, trôpegos e delirantes.Somos um, e depois nenhum.E no fim, quando você for embora.Quando nos veremos de novo, última filha de Eva?
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