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domingo, 26 de junho de 2011

Para daqui há dez anos...


Oi,sou eu, novamente, em frente a você, na sua porta ou em alguma estante, de cara limpa ou barba cerrada,mãos molhadas de distonia, fala embargada de emoção, frio na barriga, tristeza ou brilho no olhar, as malas jogadas no chão,molhado de suor ou dessa chuva que não quer parar, cansado em busca de repouso, dez anos depois que você me esqueceu. Te escrevo no presente, com os olhos voltados a um passado que não pode ser salvo por mais dolorosamente saudoso que seja, e cujos ventos do paraíso me impulsionam a seguir em frente ao baterem sobre minhas asas. Não espero que me entenda, talvez, hoje, você considere tudo como algo de gosto duvidoso e me julgue afinal. Como algo ridículo, desnecessário, ferido.Não espero nada diferente disso,para ser sincero, ainda assim, eu te escrevo para dizer que, depois de tanto tempo, meu sentimento não mudou e não consigo te esquecer, mesmo que você já tenha me esquecido. Dez anos depois...
Não sei se você irá me convidar para entrar.É constrangedor eu sei: Fizemos cada um o que bem entendemos de nossas opções.Escolhemos certo dessa vez?Alcançamos nossos objetivos?Chegamos lá?E lá continua lá?Nos refazemos de nossos escombros? Amamos de novo? A mesma pessoa ou uma nova idéia?Aonde é os nossos lares agora?
Eu comecei errado então,eu pergunto:Como vai você? Sua família? Seu trabalho?A verdade é que faz muito tempo que sinto sua falta e que não nos falamos de verdade. Ali, nas redes sociais, na nuvem da web, você está sempre presente ou não em horários tão diferentes, mas, há uma distância entre nós que não dura mais do que 15 minutos de dialógo.É constrangedor ficar sem assunto, e me envergonho porque,sabe...eu gostaria muito de ter novidades para você,mas, ainda não tenho.Nada mudou,e se mudou, foi pouco.Você deve está muito ocupada, é o que sempre penso, e me sinto tão infantil e sem assunto quando chego perto de você, pois imagino o mundo imenso de coisas que você tem passado.. E você vêm até mim apenas quando é um favor. Faz tempo,que não leio um oi descompromissado, na minha tela fria. Talvez, um apelido carinhosos, invés da formalidade de meu nome...
É Que talvez os nossos laços tenham sido separados demais.Me pergunto se tivemos isso,porém mesmo com a distância e a dúvida, eu choro pensando que sim,pois é nisso que preciso acreditar.A amizade, o amor, o que quer seja, tenha acabado ou mudado, mas que um dia você vai voltar.Eu preciso acreditar.Sei que esse foi tempo necessário para você, que precisaste para continuar. Mas, que falta me faz você, o seu carinho, o abraço sincero de quem de repente não me cobrava nada de mim. Não falo nem do beijo,porque,por mais que sinta isso, não quero ouvir não´s,e em respeito me contenho.Foi culpa desse desejo que nos afastamos...Porém,precisava levar embora o sorriso?
Os lugares que eu visito não são os mesmos sem você. Nunca diria isso:Mas sinto falta da música e da poesia. Quando quase me esqueço,vem alguém me perguntar algo do tipo "aonde está sua gatinha?",eu rio de tão tosca afirmação porque nunca foi "minha", e digo que está por aí, e vou comer sozinho, comendo aquele prato que a gente gostava.Nos andares que frequentavámos, observo aereamente se você esteve ali ou está, e quando penso que você está lá, mesmo que quieta em seu lugar, com suas músicas, textos, jogos...É outra pessoa.Peço desculpas,foi mais um engano, e quando pergunto aos monitores,eles não sabem de você.
No trabalho, me lembro de uma outra fofoca (como aquela em que você fez uma menina bater no seu irmão...),mas, soam tão distantes que não parecem vindas de você.Foi você sabe quem que falou, e é provavél que depois disso, você entre perguntando sobre esse fato.Posso te dizer apenas que foi algo isolado,anedótico, sem precisar de preocupação.E confio em você.Porém,tinha que me lembrar disso?Porque foi outra pessoa que as disse, e não você.
Confiança...é, eu não inspiro muita.Frequentemente, meto os pés pelas mãos,faço burradas,me meto onde não devia, pensando que, de alguma forma,eu poderia ajudar.E o que acontece depois?Se sabe,o de sempre.E eu aqui, a distância d euma tela,pensando na vid ados outros, como se fosse numa tv.É bom para aparender, lentamente,doloridamente...que é melhor cuidar de sua tola vida, diego.
Estamos distantes, não temos assuntos, pois tudo aqui, é censurado ou proibido. Não,nem tudo que escrevo nesse espaço tenha haver contigo, na verdade, muita coisa atualmente não tem nada haver.Alguns momentos tentei te escrever, mas desisti porque não há email,carta ou qualquer coisa que vence essa muralha.Sempre acabamos nos esbarrando em coisas que não deveriam ser ditas, em arestas mal aparadas.Não é por mal,nem é por bem.É que talvez, não estejamos preparados para isso.E eu não seja a pessoa que você queira está nesse momento, por mais que com força você tenha decidido o contrário.Eu sei disso, porque eu sinto,mesmo que distante a mesma coisa.Muita coisa mudou, estamos irreconhecíveis,talvez nunca nos tivéssemos conhecidos, e acho que talvez você diga que eu não queira crescer.Ou que não amadureci.
O incêndio que aqui você disse que tentaria apagar, não se consumou.A chama queima, mas não há ninguém para ver os sinais de fumaça. Os bombeiros, já foram embora, e só ficou os escombros, restos que não posso aproveitar.Ainda tenho amigos, que não vejo seus rostos. Só suas vozes e letras.É, talvez os lugares novos que tenhas conhecidos e as novas amizades, tenham suprido isso, sempre tive maior dificuldade com isso, e desses tempos prá cá ando meio arisco,sem querer em conhecer alguém.Sei que não posso deixar isso me consumir ou me controlar...Porém quando a  gente se machuca ou ama alguém (o que pode dar na mesma), é tudo meio sem sal e nada parece suprir a falta que esse vázio deixa.
É duro admitir isso, e acredite ou não, não gosto de escrever isso nesse lugar, porque me constrange muito, tal como você deve está constrangida e talvez com raiva.O que ironicamente seria bom,porque sei que ao menos me lerás (se você ainda me lê...) e isso terá algum sentido.É que não encontrei outro jeito e eu tenho deixado tudo tão desordeiramente bagunçado. O stextos se acumulam, papéis em minha escrivaninha, tudo para estudos,monografia. Em 11 de julho, ás 16 horas três pessoas me julgaram por toda a vida.E mesmo que seja rápido,ainda assim estarei preso a esse lugar,até o próximo ano.E aos 24 anos, não receberei em meu aniversário nem uma ligação de amigos que há muito não se lembram de mim.
Os olhos ainda continuam cada dia mais a se cegarem, ironia, smepre fui cego,de nad adianta,que meus olhos que sentem falta dos seus. Eu que sinto outras afeições, talvez futuras paixões,ainda sinto o peito bater
Imagino o tanto de gente que você se arrependeu de , temporariamente, não poder conversar.Porém egoísticamente, só em mim,consigo pensar.
Não é por auto piedade ou pena que escrevo.Entenda, não é por você, é pelos meus sentimentos.É por eles que escrevo.Talvez a indiferença lhe diz "tanto faz".Se é assim esse é um modo de se ter paz.Trabalhamos,estudamos,saímos, comemos, durmimos e vivemos.Nas quatro paredes, meu leito tão quente, é um túmulo que me enterra ao entardecer.Na madrugada, já sonhei contigo.E há dois anos eu previ a distância crescente que você mesma disse que não existiria...E naquele bar, onde desesperado você me protegeu, me prometeste sempre abraçar nos braços seus...
É tarde da noite,já entrada madrugada, não consigo durmir.Dez anos depois, que escrevo tudo isso,penso,será que irás me ler? E s eler, o que dirá?Se puder voltar algum dia,por favor se lembra que você pode não precisar d emim,mas preciso de você.Prometo é só por enquanto,depois que isso passar,não te incomodarei mais.Com o tempo eu aprenderei...
Eu preciso aprender a ser só,só, sem você.
Diego Costa Almeida

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