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quarta-feira, 16 de março de 2011

Memórias (Tudo que Vai)



Hoje é o dia
Eu quase posso tocar o silêncio
Se lembra dessa foto?Você estava passando mal,e meu sorriso foi bem forçado.Acho que seu amigo não gostou de mim,e minha barba estava por fazer.Deus,como pude ter ficado tão feio assim?Ainda assim eu guardei,com tudo que eu não pude esquecer.Se lembra do pátio da educação fisica? Meus colegas antigamente não eram tão chatos, íamos lá,jogar bolar  e conversar.Na sexta-feira não tinhamos aula,e andavámos por tantos lugares.Até a noite,quando tinha calourada,e bebíamos até a hora de voltar pra casa,naqueles busões lotados...


A casa vazia
Só as coisas que você não quis
Me fazem companhia
Toda noite voltar pra casa era uma festa:A galera toda no fundão.O ônibus era um saco,mas,me divertia bem mais ali do que em outros lugares.Se lembra daquela cantada que eu te dei?Eu nunca passei tanta vergonha como naquela vez.Primeira vez que bebia e deiuma cantada rídicula,que já nem me lembro mais.As reuniões do DA eram as mesmas de hoje,mas como eram diferentes as pessoas.Por um momento cheguei a acreditar que só nós poderíamos mudar as coisas...


Eu fico a vontade com a sua ausência
Eu já me acostumei a esquecer


E havia o Lago.Meu primeiro beijo de compromisso,os patos,o fim da tarde.E você durmia ali,em meu colo,calada.Era tão bonito.Não havia ainda tanta coisa,e o mundo era mais simples. Passava o dia no lab de informática do CCSA.Ouvir música no lab do CFCH ( quando ainda havia caixas de som). Me lembro do medo que a gente sentiu quando fomos ao décimo quinto.


Tudo que vai,
Deixa o gosto, deixa as fotos
Quanto tempo faz
Deixa os dedos, deixa a memória
Eu nem me lembro mais


Os professores,cada um deles complicados,dificéis,e chatos.Alguns nem tanto.Os colegas que passaram por mim sem eu nem ver.O encontro estadual dos estudantes, os mosquitos sugando meu sangue.O jardim da UNICAP.O hambúrguer com sotaque húngaro engraçado.O bar do bigode,na época em que era pior do que hoje.O cavanhaque.O recife antigo.Tudo parece tão estranhamente distante do que somos agora,não?
Tudo bem,isso é nostalgia.Viver no passado é não evoluir.Mas,sinto falta dos dias.Em que eu podia beijar seu sorriso com uma simplicidade de quem queria estar ali e bem.Por um tempo eu me acostumei,a não esquecer.


Salas e quartos
Somem sem deixar vestígio


Me lembro também daquele estranho menino, tristemente húngaro.Era um rapaz tão legal,e nerd.Por que ele teve que ir assim tão cedo daqui?E a linda menina,de olhos faiscantemente claros, e cabelos sensualmente ondulados de vermelho.Seus olhos sempre pintados como egípcia.Seucheiro d emulher tão forte como delícia.E ainda assim,ela durmia,tão quieta no chão.Por quê você se foi assim,sem dizer adeus,sem deixar ao menos um abraço de lembrança?


Seu rosto em pedaços
Misturado com o que não sobrou
Do que eu sentia


E senti tanto,cada beijo que foi esquecido.Incompreensões, e raivas.Todas as mágoas que surgiriam daqui.Seu abraço me falta.Não tanto quanto o seu beijo.E cada lembrança,vem com o inverno que habita em mim.Como eu vou te esquecer, se você vive aqui?São lembranças em fotos e placas de mármore como de formatura.Eu lembro dos filmes que eu nunca vi/Passando sem parar/Em algum lugar.E já me acostumei a  te esquecer...


Tudo que vai
Deixa o gosto, deixa as fotos
Quanto tempo faz
Deixa os dedos, deixa a memória
Eu nem me lembro mais


Fica o gosto, ficam as fotos
Quanto tempo faz
Ficam os dedos, fica a memória
Eu nem me lembro mais


Quanto tempo, eu já nem sei mais o que é meu
Nem quando, nem onde


Tudo que vai
Deixa o gosto, deixam as fotos
Quanto tempo faz
Deixam os dedos, deixa a memória
Eu nem me lembro mais
Fica o gosto, ficam as fotos
Quanto tempo faz
Ficam os dedos, fica a memória
Eu nem me lembro mais


Eu nem me lembro mais... (4x)

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