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sexta-feira, 11 de março de 2011

Á um espírito quase desconhecido.

Prezado espírito,

...E tu chegastes a ele,
diante de mim.
E te ocupastes naquela mesa,
naquele bar estranho e sujo,
naquele som tão alto,
e diante de mim;
que te conheci sem ao menos te conhecer.
E me pediste um abraço.
Ou ele foi quem pediu?
Apenas te abracei, ou o abracei.
e senti a angústia em sua pele,
em seu pranto.
Só não sabia de quem era o pranto,
até hoje.
E agora, sei que te abracei,
espírito quase desconhecido de mim.
Como podes ter me deixado te abraçar,
esta que se assustava ao te ver
quando ainda estavas neste mundo,
e tanto mal causara
a este amigo que te recebeu?
Queria entender, queria saber...

Porque aceitasses o carinho meu?

Tanto falo das almas que vagam,
nos mesmos lugares onde tu sucumbistes,
mas agora sei que não sei de nada.
Chorastes e não sei porque...
Saudades?
Desesperança?
Dor?
A sua tristeza tocou meu peito.
E que queria poder te dizer alguma coisa.
Qualquer coisa...

Mas eu não digo nada.
Apenas te digo que te abraçarei,
assim como eu abraço a um amigo teu.

E, para sempre, desejo abraçar
.

Thaís Soledade, quinta-feira,10 de março de 2011
http://mundopublico-universosparticulares.blogspot.com/2011/03/um-espirito-quase-desconhecido.html

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