Pesquisar este blog

domingo, 1 de maio de 2011

A Carta (ou As palavras)

No dia 20 de março de 1991, às onze horas da manhã, Conor Clapton (com quatro anos e meio de idade) morreu ao cair da janela do 53º andar de um prédio de Nova York. A empregada deixou a janela parcialmente aberta, e Conor caiu no telhado de um prédio adjacente. Ao saber da morte do garoto, ela sofreu um colapso nervoso e teve de ser sedada e hospitalizada.

A morte de Conor inspirou Clapton a compor Tears in Heaven que, segundo ele, o ajudou a aceitar a perda. Nunca foi planejada sua publicação, mas foi publicada mesmo assim. A mãe de Conor, Lori Del Santo, recusou-se a escutar a canção.

Clapton desde 2004 decidiu parar de executá-la porque é muito emocional para ser executada em público. É uma das músicas mais pessoais de Clapton, mas para surpresa dele, a música virou um hit universal. Ao contrário de seus primeiros trabalhos, essa é uma das canções mais sensíveis e comoventes de Clapton.





Eu espero sua carta.E o que nela será escrito.Pode ser em forma de surpresa,pode ser de saudade.Mas,de todo modo saiba que: Eu espero você.Como você virá?Como vai me escrever?Não sei o que devo dizer.Ou como reagir,se você entregar nas minhas mãos,tanto o que será dito, para alguém.Ou na caixa postal,ou no email formal.Enquanto isso, o tempo passa.Os dias passam, o sentimento não mudou,ainda assim,continuo esperando.Você voltar.E sua carta chegar.
As palavras não serão para nenhum de nós.Tem nomes diferentes, só endereços iguais.E nós todos somos tão diferentes,inconstantes.E ás vezes,dividimos tanto você. Dificuldade maior não se encontra na caneta,mas no coração.Nossa língua é tão pobre, qualquer idioma é miserável demais,para exprimir o que se sente, o que se é.Então,pode ser que qualquer dia desse, entre um Yakissoba com Coca-cola e outro ou um salgadinho escondido no qaurto andar,não se assuste se eu não souber como reagir ou o que falar.Porque,é nessas horas que as palavras faltam,que entendemos o porquê ás vezes elas são tão desnecessárias.
As palavras não refletem a vida.Como a história,ás vezes elas não são necessárias a nossa existência.Elas,por exemplo, não conseguem exprimir sua gula quando está diante de um delicioso chocolate branco prestes a ser aberto.A sede de tomar uma boa Fanta com coxinha de galinha.A correria pra conseguir um passe de busão,ou dinheiro pra sair e se arrumar.Os eventos estudantis da vida.A estudantil política.Os risos incontidos numa sessão de filme 3D no cinema com seu melhor amigo.A vergonha alheia,quando alguém consegue roubar um BIS bem na frente da vendedora,e você lá,mó besta.Um bem dado tapa nas costas,e alguém puto.
Um beijo num lago escuro.A raiva por tanta coisa do mundo.Comer cocada branca ou marrom,no banco do brasil,em fim de tarde.Beber um carreteiro ou algum álcool até tarde.Cantar.Ensinar e descobrir num aluno,os olhos de um beatlemaníaco que acaba de nascer.Fazer um blog,escrever.Ler esse texto,agora,numa madrugada ou qualquer dia.As broncas de você-sabe-quem (não quero ninguém além de você,sabendo).A faculdade.As agruras de nossa idade.
A emoção de abraçar suas sobrinhas, ou sua mãe.As brigas de família.O desafio de comer um quarteirão no Burguer King.A eleição para ser a historiadora mais bonta.As risadas perdidas,o sexo,o amor, o "é isso aí ou vamos e convenhamos,Di".As confissões do carnaval, a música que toca no horário exato em que você descobriu que não precisava dela até escutar e saber que,sim, alguém conseguiu dizer em letra e som,o que você sente ali,nesse instante.No exato instante,em que esteves aqui.
O DVD dos Beatles, a tristeza de tantos meninos.Me diga,o que as palavras podem te dizer sobre tudo isso?
Não sei também,talvez por isso, a poesia, a música, a rte, e os livros se fazem tão presentes como o ar, em nossas vidas.E o sangue,de quem tanto machucamos,de quem tanto derramamos.E que quites,pedimos um ao outro perdão.E mensagens digitamos,deixando em nossas digitais,os sais de nosso suor e lágrimas.Nas cartas, que como as de Tarot,dizem o que somos,e o que seremos daqui para frente.Os nossos sonhos,tão pertos e distantes.E esse estado de solidão tão pequeno demais.Para nosso coração.
Pois ele é um só.Sempre foi.Somos andróginos.Separados por um berço de quilômetros,unidos por intimidades de milímetros.He is a woman,she is a man.Nome de uma belíssima parte de suite of the sting,do scorpions.É o que somos.E seremos..
Foi uma música que me disse uma vez: Os ídolos ainda são os mesmos,e as aparências não enganam não.Na parede da memória,esse é o quadro que dói mais.Você pode até dizer que eu tô por fora, ou que tô inventando.Mas,é você que ama o passado e que não vê,que o novo sempre vêm...
E vejo,que virá,com toda a saudade,que de repente possa surgir,em uma madrugada.O que de tudo isso realmente quero dizer é que, não importa o que você escreva ou quem leia.Importa é os sentimentos que você deitar em cada letra rabiscada.Pois essas letras serão você,em forma de palavras.E sobre esse texto,não precisa comentar...ele foi feito mesmo pra você guardar consigo,e lembrar sempre,o porquê te escrevo:

É para traduzir sempre o meu sentimento,por você, no tempo em que não era necessário reafirmar isso,e só bastava o teu calor humano,para saber que o meu lugar,é com as chamas que fazem parte de nós dois,minha fênix.E que o amanhecer sempre vêm,mesmo que não aceitamos.E que sempre encontro nos olhos negros,o que havia perdido em mim.

Lembre-se disso.

Sempre.

Diego Costa.








"Não lemos e escrevemos poesia porque é bonitinho".
Karol Fonseca,no msn.

Nenhum comentário:

Postar um comentário