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segunda-feira, 16 de maio de 2011

A um amigo pernambucano que há muito me faz falta ,por Ívila Renata

A um amigo pernambucano que há muito me faz falta , sábado, 14 de maio de 2011.

                                      

Há quase um ano (ou seria mais?) conheci pelo mundo internetesco uma pessoa a primeira vista odiável (ou sera que nos odiávamos concomitantemente)? via orkut, em uma comunidade do eneh, trocamos alguns desaforos, mas não resistimos as ironias mútuas, então resolvemos ser mais diretos e nos ofender adicionando o outro. Dentro disso inicialmente trocamos figurinhas sordidas, eu o odiei desde o primeiro momento e a recíproca foi verdadeira. Recados do tamanho de uma barsa contava nossas histórias (não sei porque raios nos espunhamos assim se a gente ja tinha até o msn, acho que eram os horarios incompátiveis). Segredos e lamúrias foram contadas numa espécie de refugio, confidências que nem sei como um confiou tanta coisa ao outro, sem nem saber se éramos serial killer, acho que ele deve ter imaginado que não mato uma barata. Eu tenho até medo de tanta coisa que confiei a ele, se ele realmente for de confiança? Sim, estarei estreitamente envolvida com alguém de tão longe. E quando a internet e os celulares não mais funcionarem, com quem dividirei tais fatos enlouquecida de ansiedade, de opiniões?? Sim, Diego, o lobo solitário mais autêntico e humano que conheço, inteligente, ótimo gosto, ótimos conselhos (ele estava numa situação que também nao saiam conselhos muito úteis). A sensibilidade de um digno Matuza-lobo-solitário. Enfim, chegou o dia do encontro ao vivo e a cores. O cenário poderia ter sido melhor se não fossem as circustancias. Fortaleza é uma cidade linda, com pessoas igualmente lindas, mas o Encontro Nacional dos Estudantes de História (ou melhor, o Encontro Bacanal), nos trouxe a tona nossos desamores, eu recentemente rompida de um relacionamento e ele num poço sem fim, de uma débil tristeza totalmente fundamentada nessa desgraça que nos costumeiramente chamamos de paixão. Como eu diria "tamo na roça", aquele encontro foi inacreditalmente louco, pois me transformei em meu subconsciente sem precisar beber.Louca, mil vezes louca, foi só o que escutei naquele encontro. Era eu, ou era EU? Até hoje não entendo porque voltei sem voz alguma pra casa, aprendi mímica como ninguém. Chegando em Imperatriz, novamente Diego e eu voltamos a estaca zero, cada um voltou a sua fatídica realidade, e com as novidades da viagem e chegada. E parece que as coisas so pioravam. E até hoje não entendo porque sei tanto dele e ele de mim, porque sinto tanta falta das opinioes malucas dele, e da voz debochada. Acho que tinha aquele orkut so pra debater-mos longamente o quanto somos auto-destrutivos. Uma espécie rara de idiotas auto-reflexivos e nem um pouco auto-suficientes no amor. Hoje me parece que muita coisa foi superada, a distância é um meio incalculável de dizer que eu sinto falta de nossas conversas, e até hoje lembro daquela ligação demorada e do que você me contava ao telefone. As melhores idéias são as suas meu caro.
tirado do blog: Ficção,verossimilhança e uma pitada de sacangem 

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