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domingo, 8 de maio de 2011

Mãe...ou mães


"...Mãe. Eu vivo com ela e com meus dois irmãos mais velhos. Meu pai tem outra familia. Nós a amamos, ela é nossa aliada, nossa melhor amiga. Ela é do tipo que se preocupa se uma amiga de fora vai dormir na minha casa, na época em que eu morava sozinho, mas também é a mesma que, num dia especial em que eu andava indeciso se ligava ou não, me incentivou a ligar pra DDD numa noite de sábado - claro, 'só não demore muito!'. E que me faz questão de olhar meus curativos quando eu retiro um sinal nas costas, e me liga a todo momento. Ela é do tipo de pessoa que todos amam, e tenho muito orgulho disso - e dela também!"

"Mãe. A minha é protetora demais. É profundamente agarrada comigo, e profundamente sensitiva. Parece se preocupar mais comigo do que com minha irmã, embora seja o elo que une toda a nossa família, incusive meu desconfiado pai. Percebe as coisas com extrema facilidade, e age por impulsos. Seja para perguntar, seja para me dar aqueles incentivos, quase como foras. A amo muito, e adoro conversar com ela, dividir a minha vida, em minhas noites."

"Mãe. A minha? Ah... Às vezes, tenho a impressão de que ela só tem olhos para os meus dois irmãos. Comigo, ela cobra mais do que faz gestos carinhosos - e olhe que eu sou o mais velho! Mas, posso não reconhecer sempre, mas ela me ama do mesmo jeito, e se preocupa comigo - em especial com a minha saúde. Eu é que sou meio relapso com isso mesmo... Não sou muito fã que ela saiba 100% da minha vida, mas adoro passar datas especiais com ela. Vou sentir - e muito - a falta dela, quando ela for para o interior; mas sei que ela vai sentir tanta fata de nós como nós dela, e vai voltar..."

"Mãe? Eu perdi a minha com 3 anos de idade. Por algum tempo, minha avó paterna, e minhas tias foram como mães para mim, e faziam com que, tanto eu como a minha prima, tivéssemos as mesmas coisas e fôssemos unidas. Aos 7, 8 anos, meu pai casou-se de novo. E minha madrasta tornou-se minha mãe, minha e do meu irmãozinho. Morar longe do resto da família foi duro, mas amá-la - ela, que não podia ter filhos e nos amou como se tivéssemos saído dela - foi inevitável. Ela me ajudou quando saí de casa. Eu sofri quando ela e meu pai se separaram. Mas, acima de tudo, tenho duas mães. Uma que me gerou e outra que terminou de me criar..."

"Mãe! A minha é minha melhor amiga! A minha alma gêmea e a amo mais do que tudo. Só tem um problema: eu moro aqui, no Brasil, e ela na Suíça. Passei 3 anos com ela, lá, depois que ela se foi, e vez ou outra ela vem nos visitar aqui. Meu pai teve outros filhos, irmãos que eu amo. Mas minha mãe me fez única. Amada. Só dela. Minha linda e adorada mãe. Eu te amo!"

"Mãe. Mãinha. Eu moro só com ela, e faz algum tempo. No oficial, uns 3 anos. Meu pai trabalha em outra cidade, meu irmão tem família e preocupações que ele divide com ela, quando a coisa aperta. Eu sei, sou a pessoa mais difícil de se conviver - e nunca facilito. Ela se esforça pra entender meu mundo, mas - na maioria das vezes - parecemos dois alces nas famosas brigas, como que demarcando territórios. É cansativo, e tenso. Mas, num dia como hoje, é fácil abraçá-la. Num dia como o meu aniversário, é ela quem me acorda ao som de uma canção de Caetano, que ela ouviu antes de ir pra maternidade, pro menino que pensara eu ser. Sou dura, sou má, em muitos casos. Mas, não me pergunte como, ela me ama.
E, também não sei como é isso, mas nesse peito, ainda há muito amor. E só dela."


(Às Sônias, Cristinas, Marias do Socorro, Tetés, Carmens,  Bethânias, Verônicas... E às outras mães que aqui não relatei, mas que vivem em meu peito e minhas orações, sempre!)

^^


Thaís Soledade,texto de 8 de abril de 2011.

tirado do blog: Mundo público,universos particulares

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