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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Texto tirado do Blog de Melissa Autarquia: Para Diego (Lobo Solitário)

O texto a seguir,que eu reproduzo de maneira integral, foi publicado no blog de Melissa Autaquia (cognominada "chocolate com pimenta"), no dia de sabbat (sábado), anno de nuestro seññor Iesus Christói, de 16 de outubro de 2010, e é ele também é uma cópia de uma resenha sobre o livro O Lobo Da Estepe, de Herman Hesse (1877-1962),feita em um blog,que só ela conhece.
Como o texto,segundo ela, foi dirigido a mim, coloco ele a disposição da leitura e crítica de todos.Logo abaixo, em uma parte específica, publico o meu comentário feito ao mesmo texto para leitura (itálico). Como d epraxe aqui vai os links:

- Blog da Melissa com o texto original: http://chocolataupiment.blogspot.com/2010/10/para-diego-lobo-solitario.html

- Informações sobre Hermann Hesse: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hermann_Hesse

*Observação: A imagem abaixo, bem como a citação logo a seguir, NÃO são do texto original, foram colocadas por mim,por um questão de estética.Boa leitura.



"O Homem é o Lobo do Homem"
Leviatã,Thomas Hobbes (1588-1679)

As palavras não são minhas  mas foram feitas pra Ti

A pluralidade do ser é um assunto que me interessa, basta ver o quanto eu mesma me confronto o tempo todo com as minhas outras. Vivo buscando de alguma forma uma convivência pacífica, onde elas se entendam e concordem entre si. Muitas vezes acontece de o desejo de uma ser a fraqueza de outra, é onde o conflito aparece. O desejo realizado ofende os princípios ou a sensibilidade de outra. E as rédeas precisam ser tomadas por uma conciliadora, é muito boa a sensação de estar harmonizando tudo, é bom assumir as rédeas de seu próprio destino, da sua vida. Saber que as escolhas precisam ser conscientes. Escolher, com amor, o que é bom e faz bem para o seu ser como um todo e não uma parte dele apenas.

A literatura me ajuda, a arte, na verdade. Ela me proporciona outras formas de ver, outras referências, outras possibilidades, me faz sentir que não sou tão só quanto pareço, as vezes, nas minhas mais profundas reflexões.

Quem, no fim, consegue ser um só? Sem qualquer conflito? Coerente, sensato, sem se deliciar com algum deslize do seu lobo?
O Lobo da estepe, de Hermann Hesse, é um livro que aborda a pluralidade do ser, e suas crises. Alem de uma alta critica a sociedade burguesa da época.

Foi desse livro que Fernando Anitelli , o vocalista do Teatro Mágico, tirou o nome de suatroupe. Há um trecho no livro, onde o personagem Harry Haler está andando pela rua, em meio aos seus conflitos existenciais, e se depara com um letreiro no muro, que diz o seguinte: Esta noite, O TEATRO MAGICO.. entrada só para raros.. SÓ PA RA LOU COS!. E a partir daí, ele fica fascinado com isso, sempre querendo ver novamente esse letreiro, e conhecer o teatro magico.

A personagem se encontra em profundo desespero, assombrado pelo lobo da estepe, sua outra alma que vive dentro dele. Até esse momento ele crê que só existam um ou duas almas dentro dele. Entretanto, quando ele recebe o livro "O tratado do lobo da estepe", que se refere a ele , e que demonstras uma teoria, de que não há apenas uma ou duas almas dentro de um ser, mas cem, duzentas...1000 almas.

Algumas vezes o livro pode parecer deixar uma visão pessimista da capacidade da unidade do ser. Mas Herman Hesse , em nota de 1961 para uma reedição do romance, diz que não descarta no romance a esperança oculta de uma síntese transcendente, que integre o santo e o libertino, o que parece estar prefigurado na demonstração da unidade oculta das mil almas no capítulo final da obra.
Por Guilherme Diogo Rodrigues
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O que é o lobo?Depois de reler o texto e de ter uma explicação mais conscisa de minha amiga melissa, ouso escrever um comentário sobre esse assunto.
Na cultura ocidental,no imáginario humano, o lobo representa em geral o predador. Mas, que predador?Tal como o vampiro, o lobo (e seu correlato lobisomen) inspira diversos sentimentos.
Em heman Hesse, o lobo é a alegoria do medo, a confiar na resenha acima; Em chapeuzinho vermelho, a sedução do perigo na infância (ou a sexualidade,dependendo da interpretação)ou o mal oculto no mundo infantil (o lobo mal);A liberdade do ser, na obra canino brancos, que une a experiêncial pessoal na expressão do mundo ambiental da obra e do lobo como signo;A traição e a dissimulação, no caso real do massacre de uma tropa inteira de soldados franceses a serviço de Napoleão Bonaparte na invasão da Rússia, que foi "misteriosamente" morta por um ataque de uma matilha de lobos...a mesma matilha de lobos que foi alimentada, cuidada e adotada pelos soldados como animais de estimação durante meses no inverno!;O amor e a fidelidade familiar na figura da matilha; A intensidade da paixão juvenil e do sexo na série crespúsculo (lobisomen) em confronto com a perenidade do amor (vampiro); A Coléra,no mangá novel Lobos SOlitário, na figura do samurai Itto Ogami e seu pequeno filho Daigoro (Lobo Solitário e filhote),sobreviventes de um massacre que buscam no "caminho do inferno" (Meifumado), se tornarem ronnins vingadores, colocando sua fúria e sua honra a disposição de quem pagar mais e de seus objetivos pessoais; O lado mais obscuro e tenebroso do ser humano, para Gatsu ou Gatts,do mangá Berserk;O lado mais ID do ser, que me possui sempre, como alguém me disse uma vez sobre mim.
O lobo é assim múltiplo.Uno, ao mesmo tempo que contraditório.Predador e presa.Força e fragilidade.Das espécies caninas, é a mais inteligente.E a mais imprevisível.Como os humanos.
O lobo sou eu, pois a um lobo em cada um de nós.Pois como nos disse uma vez,Thomas Hobbes:
"O homem é o lobo do homem"
Diego Costa.




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