Pesquisar este blog

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Victória Melissa: Quantas palavras são necessárias para dizer "EU TE AMO"?




Saudade.Não vou dizer essa palavra.Ainda é cedo.Mais sinto sua falta.Entretanto,sei que nessa madrugada será improvável que ela me leia.Talvez, eu ainda tenho uma cálida  e singela esperança de que ela me leia hoje, mas, sinceramente, espero que não.Pois não me ler é sinal de que ela começou seu tratamento, e ela precisa estar mais do que focada nele, para suportar os desafios que ele irá impor a essa pequena e brava menina, que trilhou tijolos amarelos durante toda sua vida. Tijolos cimentados há muitas lágrimas e sangue.Que ainda assim deram a ela a capacidade de sonhar com um mundo de maravilhas incontestes.
Poucas pessoas que eu conheci, tinham tanto dessa beleza trágica do mundo, quanto Victória Melissa.Espero ter escrito da forma que ela melhor aprove.Uma doce e sensual criança, um anjo decaído, como a chamada "Estrela da Manhã", Lúcifer, o foi um dia.Não,ela não é um demônio nem uma diaba: Ela não caiu por culpa de seu ego, mas por sentir mais do que qualquer outro o significado da palavra AMOR.Sim,amor, esse mesmo sentimento capaz de nos levar as alturas mais elevadas e os abismos mais profundos.Eu disse uma vez que outro nome para amor poderia ser Anne,mas quem escreveu esse nome, definitivamente foi melissa.
Ela não tem a escrita poética,o lirismo, a saudade celta de thaís.Mas divide com sua irmã algo essencial:Sinceridade nas palavras e ações.Por mais que me doa, ELAS JAMAIS SE TRAÍRAM.Sempre seguiram, suas escolhas e exílios, por mais egoístas que fossem,Viveram,como poucas a VIDA.Aind anão entendo esse amor desmedido por Caio Fernando Abreu,terei que lê-lo para senti-lo, mas o sinto por meio dessa pequena.Que é quase emo na sua escuta de Paramore.Que ouve 1º de Julho.Que conversa com Lobos...
Me lembro até hoje:Só três pessoas no meu aniversário ousaram falar comigo de frente, sabendo que eu havia no dia anterior magoado terrivelmente alguém com meus punhais.Kaliza Holanda, Vanessa (minha madrinah bahiana) e Melissa.Sempre honesta e sincera, nunca me escondeu nada, sempre me revelou tudo.TUDO.SEM JAMAIS COBRAR CONTRA PARTIDA!Estava arrasado,me corroendo de ódio e tristeza, tal como aquele setembro,me sentindo a mais hedionda das criaturas...E ainda assim,ela me viu humano, demasiado humano.E que eu estava nu.e só.
Ela viu o menino debaixo das roupas de fera.MELISSA ME HUMANIZOU.Me deu essa carne e esse sentimento próprios dos humanos. Eu que rugia e devorava mulheres, tal como Saulo de Tarso, cai no deserto indo em direção a Damasco, cego pelos meus próprios egoísmos e anátemas, para poder ver a luz.Foi assim que me ajoelhei aos pés dela.Ela me libertou.E se hoje falo com Thaís, caminho em frente, me perdoei, e não tenho mais tanto medo do futuro,apesar das inseguranças,foi por causa dela.Dela,e de minha mãe, senhora Cristina Conceição Costa.E de anônimas mulheres e homens que me reergueram.
Ontem, 31 de janeiro de 2011, segunda-feira, começou o meu 2011.E já é passado o fato de ter meu primeiro dia de trabalho:Não dei aula apenas organizei fichas.Não há ainda clientes para mim.Mas,logo virão,e espero que venham aos montes.Pensei muito nessa mulher e em tantas outras que lutam: Regiane Pinheiro que passou em seu concurso público e começaram nesta terça-feira a ser professora em Codó,ela que disse que o trabalho a salvou das dores da paixão; Thaís Soledade que luta a cada instante para provar a si mesma a força dos seus sonhos, Vanessa, minha eterna madrinha bahiana, que iniciará seu mestrado na UECE;Kaliza que nunca desiste de amar até o fim do dia;Anne, essa linda menina,que apesar de triste, tem um coração d eouro e uma vontade enorme de viver e amar.Poderia passar boas horas citando todas elas.Não preciso,elas sabem que são minhas Joanas d'Arc.

Nenhum comentário:

Postar um comentário