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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Priscila Anne



A onda ainda quebra na praia,
Espumas se misturam com o vento.
No dia em que você foi embora,
Eu fiquei sentindo saudades do que não foi
Lembrando até do que eu não vivi pensando em nós dois...

O último pôr do sol , Lenine

... Me lembro de como eu vivi, sem saber da existência da beleza de Piauí. Vivia tristinho sem viver, sentindo saudades de outro ser, seres que me povoam o pensamento de dúvidas, desejos e quereres. Pois no dia em que você surgiu na minha frente se fez sol no meu inverno de morte, e tudo se coroou de sorrisos, como botões de flores de maracujá, jasmins, copos de leite e rosas. Bouquets de nós dois...
Seu nome é o nome mais bonito. Priscila e Anne se unem para te dizer.Seu sorriso era a coisa mais linda, e tudo fazia sentido quando estava contigo. O pôr do sol não tinha brilho sem seus olhos, nem a comida tinha o mesmo sal.Não era como se fossemos mais amigos, era mais como se fossemos mulher e marido, irmãos separados de um berço, pelos caprichos do destino mal-sã de menino pernambucano, que sempre foi um, e nunca foi um par, nunca foi dois.


No dia em que você foi embora,
Eu fiquei sentindo saudades do que não foi
Lembrando até do que eu não vivi pensando nós dois


Seu jeito de criança me fascina, suas lágrimas de menino me traziam tristeza. Todo sabor do caju nos seus lábios, apenas provei um pouco do sabor em selos de carta, pois seus beijos nao eram para mim, dos olhos castanhos negros de Teresina só vi seus óculos refletindo como espelhos, e dos cabelos negros do rio Parnaíba, eu me lembro das lendas que você me contou, como segredo, apenas a nós dois....


Eu lembro a concha em seu ouvido,
Trazendo o barulho do mar na areia.
No dia em que você foi embora,
Eu fiquei sozinho olhando o sol morrer
Por entre as ruínas de santa cruz lembrando nós dois


Me lembro sua alegria em abraços,  suas lágrimas que se secavam na areia, me lembro fr seus conselhos em ouvidos, das suas mãos me acariciando a face de tristeza, me lembro das bebidas com amigos, das sinceridades de quem nunca se confessou, o ritmo da dança dos seus quadris, lembrando que o Brasil era em tudo o seu ritmo. Seu primo virou meu amigo, seu namorado se tornou meu irmão, fiquei órfão de esposa quando você se enamorou, e de amigos quando vocês se foram, e de irmãos quando levando meu coração, me partiu em dois. No dia em que você foi embora, Eu fiquei sozinho olhando o sol morrer. Por entre as ruínas de santa cruz lembrando nós dois.


Os edifícios abandonados,
As estradas sem ninguém,
Óleo queimado, as vigas na areia,
A lua nascendo por entre os fios dos teus cabelos,
Por entre os dedos da minha mão passaram certezas e dúvidas


Pois senti cíume de ter saudade!Inveja das dúvidas!E me compadeci,de tuas certezas! Por eles te terem em pensamentos...Da ausência porque ela te tens no silêncio!Das pequenas coisas, que eu te guardei, por lembrar de cada detalhe de seu rosto moreno. Do sorriso de morena de Piauí,  como um sol que se alumia, iluminando nós dois.Te desenho em grafites, rascunho imperfeitos.Beleza que se pinta sozinha, apenas por viver.Dedilho seu nome e seu corpo em violão, serenatas, poemas e músicas.Lembrando nós dois...

Pois no dia em que você foi embora,
Eu fiquei sozinho no mundo, sem ter ninguém,
O último homem no dia em que o sol morreu


Pois eu senti como se parte de mim tivesse ido, sentindo saudades de portos que nunca vi, de encontros de rios com as marés, que lembram nós dois.Fiquei dias sem ter sonhado!Dias sem abraçar ninguém!Choro míudo, calores de corpo, frios de mão, tremedeiras de santos, delírios de poeta que não amou, a musa que foi se embora. O coração solitário de volta a seus demônio. Minha Moema, Paraguaçu e Porto Seguro, sentindo falta dos meus irmãos,me leva de volta pro meu amor, o meu coração que se dividiu em pares de dor, lembrando nós dois, na época que eu era apenas um nesse mundo...

Pois no dia em que você foi embora,
Eu fiquei sozinho no mundo, sem ter ninguém,
O último homem no dia em que o sol morreu
Pois no dia que Priscila foi embora, eu fiquei sozinho no mundo sem ter ninguém, o último homem no dia em que o sol morreu...


Pois no dia em que você foi embora,
Eu fiquei sozinho no mundo, sem ter ninguém,
O último homem no dia em que o sol morreu
... O último homem no dia em que o sol morreu.


Prólogos: Menina -Netinho



Menina,
Que um dia eu conheci criança,
Me aparece assim de repente
Linda, virou mulher
Menina,
Como pude te amar agora
Te carreguei no colo, menina
Cantei pra te dormir

Lembro a menina feia
Tão acanhada e de pés no chão
Hoje, maliciosa, guarda
Um segredo em seu coração

Menina, que tantas vezes eu fiz chorar
Achando graça quando ela dizia
Quando crescer vou casar com você

Menina,
Como pude te amar agora
Te carreguei no colo, menina
Cantei pra te dormir

Inspirado em: http://priscilanee.blogspot.com/
O meu amor de terras tão quentes,como essa mística Teresina,com seus beijos ardentes de cajuínas, e meninas mulher como o meu amor por você...Não sinta medo por suas dúvias,antes as bem digas,porque elas um dia te conduziram pelo melhor caminho,escute esse seu coração puro amor, que amor puro dele irás sentir.Eu te amo.E estou contigo.

2 comentários:

  1. "No dia em que você foi embora,
    Eu fiquei sentindo saudades do que não foi"

    e você ainda me faz chorar... então vejo que não estamos distantes... longe talvez, mas nunca distantes!
    te amo Matuza... obrigado por existir!

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  2. Cabra, sabe que piauiense mata por muito menos que isso?

    Se não fosse quem você é, se eu não tivesse apreço e carinho grande por você, tu estaria marcado seu cabra! rsrs

    É bom ter pessoas como você por 'perto', e fica esperto, que qualquer horas dessas eu apareço por aí, e te faço uma visita! Olha que sou folgado! hahaha

    Te amo grande irmão.

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