Pesquisar este blog

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Coringas: O Palhaço ou O Comediante ou O Louco (O Vendedor de Sinceridades,parte 2)


Pai,me ensina a ser palhaço!
Pai,me ensina a ser palhaço!
Pai,me ensina a ser palhaço!
...
ISSO NÃO SE ENSINA,SEU BOSTA!

...Mais louco é quem me diz: Que não é feliz!Que não é feliz...

A Balada do Louco, Os Mutantes
Minha vida é uma comédia!
"The Commediant", HQ Watchmen,Alan Moore, 1987.

Sou palhaço do circo sem futuro
Um sorriso pintado a noite inteira


Eu rio de mim mesmo.Sou meu próprio palhaço. Baco. Dante. A Divina Comédia.A Profana Tragédia. Loki!Vivo de rir de minha desgraças,e das dos outros.Sou uma ironia andante, um bardo do sarcasmo, um instrumento do caos.Sou o acaso.O ocaso.Danço na navalha banhada de vinho tinto de sangue, um samba de uma nota só. Faço graça, malandragem: Todos me acompanham no espetáculo, aonde vendo sinceridades.Minhas duras vértebras a mostra, como num freak show.Me contorciono.Me alegro,desesperadamente,com os sorrisos.É minha platéia, me aplaudem.Eu sou o palhaço cheio de mágoas de todos vocês!

O cinema do fogo
Numa tarde embalada de poeira
Eu sou o escorpião numa roda de cinzas e fogo.Me mato no desespero, não tenho a cura do meu próprio veneno.Diante da luz, os escorpiões de minha mente se movem.Movidos por esse calor.Esse sou eu.O lobo em desespero a devorar estepes,correndo atrás do próprio rabo.Um ouroboros.Uma piada, um macaco de Deus.O nijinsky de Deus: Eu bailo na roda de samba da vida em espirais de entropias cadentes como estrelas desejadas.Eu faço rir, enquanto chorava.Eu sou legal, quando a minha dança era maníaca.Eu chorava e sorria ao mesmo tempo enquanto digitava cartas suicídas.

Circo pegando fogo
Então te parei,vultos negros dançantes no sol de Ceará,para te entreter!Fui dramático até na hora de te desmaiar, sobre a face de Deus.Chorei as gotas amargas, para de noite exibi-lás alegres piadas do fim do dia, em mais um baile estudantil.Debutantes.Tantos homens a me lerem e a me julgar, ninguém nunca me decifrou.Deste a flor da Jandaia e da ameaça.Lhe tiro a carta que escreves, que nunca envias, e jogo no tarot.Sai o louco.O coringa.

Palhaçada
Quantos diários escritos em hospital.Depois de ter seus rins saturados de rémedios e sal, se lembra das frases que escreves para salvar sua vida.Joga tudo isso na janela e ria!É a comédia da vida,a grande piada mortal contada por Coringa ao Batman debaixo de uma ponte.O homem-morcego riu.E você,não rirá?

Circo pegando fogo
Alice!Corre com esse coelho atrasado, para hora do chá.Loto os ônibus negreiros para voltar para o lar.Digito textos, enlouqueço no carnaval, durante shows do Cordel do Fogo Encantado.Espetáculos de cúme e coléra. Me encara a face morena, a negra: Seus grandes olhos negros sobre mim. Me perseguem a madrugada inteira, me fazem ligar por qualquer besteira.All apologies: Me envergonho, me escondo em perdões demonstrado de culpas.Loucura.É uma sátira escrita e encenada, num dramalhão mexicano pelo seu próprio diretor, algoz-vítima.

E a lona rasgada no alto
No globo os artistas da morte
Todos dizem isso de mim:Ele ri de si.Eu rio.RIO.Acho graça: Vejo todos eles pedindo esmolas digitais de suas desgraças.Escrevendo poemas e poesias.Querem da ave,apenas, a peninha. Rá!Que tragédia não é?PALHAÇADA!A vida é uma grande tragédia sem futuro, um circo romano de capoeiras.Cala os tambores silenciosos, sou esses negros cheios de tristezas. Vendo metralhadoras cheias de mágoas, beijos de namoradas.Sou mais um cara.E um vampiro que ri!

E essa tragédia que é viver
E essa tragédia
É sádica.Masoquista! Violência despida de qualquer pudor.Sou essa moda que passa silenciosa nas estações.Um menino que chora a tarde inteira.Um homem em lugares reservados,falando da vida com maturidade de sereias.Sou o seio,peito nu, um dialeto, um abridor de matrioshkas acreanas.Mentiras femininas.Me cala morena!Me cala!ME CALA!


Tanto amor que fere e cansa
Diego Costa

Nenhum comentário:

Postar um comentário