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sábado, 29 de janeiro de 2011

Eu quero um lugar...



Eu quero uma casa no campo


Onde eu possa compor muitos rocks rurais


E tenha somente a certeza


Dos amigos do peito e nada mais
Desculpe não te entender, mas, eu quero ir a um lugar. Qualquer lugar.Eu quero um lugar.Que seja seguro,mas que nõ me segure ou me prenda.Que não seja esse lugar, mas outro.Aonde eu sinta urgência de sonhar.Sei que não devo entender.Porque não é coisa que se sonha junto, mas, se sente.E o que se sente não quer ser explicado, não quer devassá-lo.É eu quero ir a esse lugar.Um lugar aonde talvez me sinta livre, sem me cobrar.Aonde não me sinto perseguida, nem oprimida pelo mar.Aonde eu possa esquecer,e não depender do suor de outras casas.


Eu quero uma casa no campo


Onde eu possa ficar no tamanho da paz


E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Quero comer o pão amassado pelo diabo, e com o suor das minhas mãos, e com as  lágrimas que guardei de setembro, vou aprender a amar e viver.Não importa sua geografia,desde que na minha  mente a habite.Madagáscar, Mogadíscio, Rio de Janeiro, Paraíba.Não importa se seja uma ilha, uma angra ou uma Bahia. Não quero estragar sua alegria.Vá, beba, comemore, ria. Pois eu quero rir, porque essa semana muito me fez chorar.Ou me emocionar de uma maneira, que eu não queira hoje falar.Eu preciso subir um morro da Conceição ou um Corcovado inteiro por dia.Você já se tocou disso? Talvez, um dia te explique se minha paciência voltar, se eu voltar, o porque tanta coisa parece tão confusa, e rara de se contar.


Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim


Eu quero o silêncio das línguas cansadas


Eu quero a esperança de óculos


É porque de certo modo, eu não quero que ninguém mais saiba.Não quero de novo me apegar a coisas que podem atrasar uma ida que se faz mais que necessária.Não quero despedidas.Só quero ir embora.Pra longe.Aonde o vento possa me levar.Aprestar a minha nau morena.Navegar em ondas azuis , verdes e sáfiras.Ter um coração pirata cravejado de rubis vermelhos como sangue ou rosas.Me sentir em paz.Porque de guerra já cansei até a última gota do suor que um dia despendeu de minha fronte, e a isso só posso atribuir a coisas que muito me aturdiram, e me moveram como placas tectônicas.Porque um dia fui lua, outro fui sol e agora sou estrela, e preciso brilhar, nem que seja uma última vez.


E um filho de cuca legal

Eu quero plantar e colher com a mão

A pimenta e o sal

Eu quero uma casa no campo

Talvez seja uma forma de falar. De me expressar, de me importar com o meu ser. Escrevo tanto que as vezes não tenho o que falar. Com todos os seres que me cercam a vida.Vi olhos tão cinzentos e pequeninos, anelei cabelos inexistentes em minhas mãos.Cabelos que se escondem na alma.De meninas sorridentes, tão pequenas,e belas, como a terra dos meninos pelados, de Graciliano Ramos, ou as Princesas da Disney.Vou me lembrar de cada desenho que assisti por vocês.Esquecer não é um simples ato de chorar.É aprender, a viver, sem você. Quando eu perdi você, foi que comecei a aprender viver, e foi sem você que aprendi  a perdoar.Uma lição difícil, que tanto em mim vai demorar.Porque é em cada coisa impregnada de memórias, e tantos planos a bater a porta, que sinto não ter mais tempo, nem para fazer as malas. Porém, não quero esquecer, como os pombos,do dia de voltar...

Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé

Onde eu possa plantar meus amigos

Meus discos e livros e nada mais!

Onde eu possa plantar meus amigos


Não quero levar muita coisa comigo.Só as roupas do corpo, um coração e muitos amigos. Os namoros, os beijos e sorrisos.E um amor mais lindo.E outros que não serão esquecidos.Várias irmãs em cada cidade que eu passar.Uma faculdade e um novo vestibular.Escrever novos textos ouvir novas músicas. Só não se esqueça que a mel estará em Brasília e não em Campina Grande.Leve no carnaval a flor de fuxico que prometi a ela de Natal.E se você se perder, usa a flor que eu te dei como bússola, para não se perder e as estrelas como guias.Lembra que Kaliza pode vir pro show de metal,e precisará de um guia.Que anne ainda lê seus textos todos os dias.Que você tem um curso da microcamp a terminar.Ir no cinema mais uma vez com Tarciso.Abraçar o Mendes que com toda paciência do mundo te deixa usar os micros.De cupim que te escutou tanto e te fez companhia.De Breno,meu irmão que distante, nunca saiu de nossas vidas.De conversar mais uma vez com Patrick.De beijar moisés.De terminar toda essa maldita faculdade.De ler novos poemas.De viajar mais de ônibus.De fazer mais um último verão.De escrever aquela carta que você não termina.De ir há mais um aniversário.Há um EREH ,ENEH ou EPEH.De Trabalhar.De estudar.De transar (por quê,não?).Des er inocente.De dizer "tu jura"?.De chaamr os outros de porre.De ser calo.De venerar ísis.Conversar com Daniel e seus afilhados.Com Marilene, Gaby e quem mais você quiser.As fotos.A mãe, o pai,o irmão.A avó.Mikelly e Vivi.E se sobrar um tempo,e poder ir a um bar...e um espaço, em ti, você  dê um abraço em mim?Prometo nao mais perturbar...

 

Meus discos meus livros e nada mais!


Onde eu possa plantar meus amigos


Meus discos e livros e nada mais!

É só isso.Não precisa mais falar comigo se quiser.Vou saber entender.Vou saber perdoar.Vou saber me calar.Só peço que não esqueça dessas coisas, antes de ir embora.São muitas eu sei,e sei como tanta coisa te fere, mágoa e te chateia.Pode parecer chantagem,mas,sei que no fundo,você é uma menina que só está perdida e quer se encontrar.Não,se encontrou,e não quer mais se perder.Porém,tenha calma,você não estará jamais só.Você tem seus discos e livos.E amigos.E nada mais.

Boa viagem, e se puder escrever,me manda sua caixa postal.
diego costa.

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